
A NTN-SNR, fábrica de rolamentos nipo-francesa com unidades no Paraná e São Paulo, pretende quase quadruplicar seu faturamento total no Brasil até 2016.
Em 2012, a empresa faturou R$ 100 milhões com sua unidade de componentes para automóveis de Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba, e R$ 20 milhões com a planta de rolamentos industriais situada na cidade paulista de Guarulhos. A meta é chegar às cifras de R$ 250 milhões com os componentes paranaenses e R$ 150 milhões com as peças paulistas daqui três anos.
Planos
Para isso, a empresa aposta em ganho de mercado. Até o fim do ano, a ideia é chegar ao topo do mercado nacional de rolamentos automotivos com 25% de participação hoje a empresa ocupa a segunda posição, com uma fatia de 20%. O crescimento seria resultado de um investimento de R$ 50 milhões feito nas linhas de produção e na ampliação da capacidade produtiva da fábrica do Paraná.
O crescimento se baseia principalmente no avanço dos rolamentos de terceira geração no mercado nacional peças que podem agregar outras funções, como o sistema de freios ABS. "Ampliamos o fornecimento para as montadoras japonesas, que têm cultura de usar este tipo de peça em quase todos os seus modelos", explica o diretor geral da empresa, Stéphane Grande.
Um novo cliente deve ser a futura fábrica da Nissan no Rio de Janeiro, que usa os rolamentos mais modernos. As peças 3G devem fechar o ano representando um terço das vendas dos rolamentos automotivos em volume, mas com maior valor agregado.
Atualmente, grande parte dos componentes para a fabricação das peças é importada, mas faz parte do plano de expansão fortalecer a cadeia de fornecedores locais. "Queremos ficar menos dependentes do câmbio e ter mais contratos locais. Hoje, cerca de 15% do produto é feito com peças nacionais", afirma Grande.
Turbulência
Mesmo com metas ambiciosas, o baixo crescimento da economia e a oscilação da produção industrial no Brasil acendem o sinal de alerta para a empresa. "Todos os industriais acreditam que o país tem um potencial industrial enorme, mas o ritmo lento da economia preocupa", explica.
No entanto, a crença é de que o mercado automotivo deve ser visto com mais atenção pelo seu dinamismo peculiar. "A fabricação de veículos no país já passou por períodos de estagnação, mas empresas fornecedoras como a nossa contornam estes momentos com novos produtos e expansão de peças de reposição", pondera o diretor comercial de distribuição da empresa, Eduardo Lumdsen.
Peças industriais
O plano de crescimento também compreende o aumento da participação da empresa no ramo industrial. A fábrica de Guarulhos recebeu investimento de R$ 50 milhões para multiplicar a participação de mercado no abastecimento de rolamentos industriais e juntas de transmissão para veículos. Atualmente, esta divisão corresponde a menos de 30% dos negócios da NTN-SNR no Brasil.



