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Após adiarem o início da vida profissional no ano passado, ajudando a manter a taxa de desemprego no país baixa, os jovens voltaram a pressionar o mercado de trabalho neste ano. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (20) pelo IBGE, o número de pessoas entre 18 e 24 anos fora da força de trabalho (que não estão empregados, nem procuram vagas) recuou 4,4% em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado, a maior queda entre todas as faixas etárias.

Ou seja, o grupo puxou o movimento de busca por emprego que tem sido observado desde o início do ano. Em 2014, a quantidade de jovens inativos crescera 10,8%, no mesmo tipo de comparação.

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A mesma tendência é observada entre trabalhadores de 25 e 49 anos, porém em menor intensidade. Em julho de 2014, o número de inativos nessa faixa etária havia crescido 3,3%, na comparação anual. Já no mês passado, houve uma redução de 1,3%. Na faixa entre 15 e 17 anos, o recuo na inatividade é de 2%, contra alta de 3,2% no ano passado.

Há ainda uma desaceleração do número de idosos fora da força de trabalho. No grupo de 50 anos ou mais — no qual a inatividade tende a crescer naturalmente, por causa da aposentadoria — a alta anual registrada em julho foi de 5,7%, menor que os 9,2% do ano passado.

“Muitos alegavam que essa população não economicamente ativa não estava crescendo porque as pessoas estavam se retirando para estudar. Isso mudou. Jovens que antes estavam influenciando mais a inatividade, agora passam a pressionar o mercado. É uma forma de a gente melhorar a compreensão de quem são essas pessoas que estão tentando entrar no mercado de trabalho”, explica Adriana Beringuy, técnica do IBGE responsável pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME).

Desempregados

Se são os jovens que puxam esse movimento de sair de casa em busca de vagas, são também eles que engrossam a camada de desempregados. Em julho, o aumento da taxa de desemprego no grupo entre 18 a 24 anos foi a maior entre as faixas etárias pesquisadas pelo IBGE, chegando a 18,5% — um salto de 5,6 pontos percentuais, na comparação com o ano passado, maior que a variação da taxa global, que foi de 2,6 pontos.

“Entre os jovens, a taxa é sempre mais alta. Mas a trajetória é o que importa. Ou seja, a partir dessa análise, percebemos que esses jovens estão exercendo uma pressão bastante acentuada sobre o mercado de trabalho”, destaca Adriana.

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