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Fim de ano

O que fazer com o 13.º

Especialistas dão dicas para quem vai ter alguma sobra de dinheiro depois de comprar os presentes de Natal

Se as suas contas para 2010 estão todas sob controle, veja algumas opções de aplicação sugeridas por especialistas |
Se as suas contas para 2010 estão todas sob controle, veja algumas opções de aplicação sugeridas por especialistas (Foto: )
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O ano está terminando, a primeira parcela do décimo-terceiro salário já chegou, você faz as contas e então percebe que, descontadas as despesas de dezembro, vai sobrar um dinheirinho. As tentações vêm quase que imediatamente: comprar uma lembrancinha a mais, dar a si mesmo um presente, torrar tudo em um jantar especial... Consultores de finanças concordam que todas essas alternativas podem ser válidas, mas se a ideia for começar ou reforçar um pé de meia, vários caminhos podem ser tomados – sobras de R$ 150 já podem ser um bom começo para quem tem planos de longo prazo.Então, se sobrou dinheiro, o primeiro passo é não fugir da planilha com os gastos de fim de ano e de curto prazo. Mesmo que a leitura de uma conta-corrente no "verde" dê o sentimento de fartura, janeiro já está chegando e com ele vem uma nova leva de despesas – impostos da casa e de automóveis, material e matrículas escolares são algumas das contas que nem sempre entram no planejamento."Não adianta ter dinheiro rendendo em qualquer aplicação se daqui a dois meses o limite do cheque especial vai ficar estourado. Desse jeito a conta nunca vai fechar", ressalta o consultor financeiro Conrado Navarro, do blog Dinheirama.com.

Um bom exemplo de planejamento, de acordo com ele, é ter noção de quando o automóvel vai precisar de manutenção – com base no manual do proprietário, é possível fazer um planejamento de custos de acordo com a quilometragem. Se o carro deve ir para a oficina daqui a seis meses, ter uma reserva na poupança para negociar um desconto à vista é muito mais vantajoso do que ter que parcelar no cartão de crédito e correr o risco de pagar juros lá na frente.

O economista Leandro Martins, do site Seuconsul­torfi­nanceiro.com.br, também recomenda o uso da renda extra com parcimônia. "Se chegou até aqui no verde, cuidado para não se iludir. O fim de ano não pode provocar empolgação porque as contas de 2010 já estão chegando", aponta. Ele destaca que é possível aproveitar as festas sem perder o controle – viagens de Natal e de reveillon custam até o dobro do que se cobra para quem viaja duas semanas depois, por exemplo. Mesmo as compras de fim de ano merecem uma esfriada nos ânimos. "O comércio oferece promoções ilusórias, porque eles sabem que a demanda está aquecida. Segmentos como vestuário e mó­­veis certamente farão liquidações a partir de janeiro", recomenda.

EquilíbrioSe todas as recomendações acima parecem um balde de água fria para quem quer comemorar o resultado do trabalho de um ano inteiro, fique tranquilo. Também existe o consenso entre consultores de finanças de que é importante ter uma parcela dos rendimentos direcionada exclusivamente para o bem-estar e para a qualidade de vida da família. "Se você ficar apenas guardando o ímpeto de consumo e reservar dinheiro, corre o risco de estourar tudo mais tarde. Não deixe de lado o aspecto da qualidade de vida. Pelo contrário, mantenha-o sempre com muito equilíbrio", diz Navarro.

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