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Crise internacional

Obama assina amanhã pacote de US$ 787 bi

Gastos para estimular a economia norte-americana poderão ser feitos imediatamente. Casa Branca pede reestruturação de montadoras

Sede da General Motors em Detroit (EUA): empresa já recebeu US$ 13,4 bilhões do governo | Jeff Kowalsky/EFE
Sede da General Motors em Detroit (EUA): empresa já recebeu US$ 13,4 bilhões do governo (Foto: Jeff Kowalsky/EFE)

São Paulo e Washington - O presidente norte-americano, Barack Obama, promulgará amanhã em Denver, no estado do Colorado, o plano de estímulo econômico, aprovado na sexta-feira pelo Congresso, com um valor de US$ 787 bilhões, afirmaram ontem fontes do governo. Jornais notre-americanos citaram dois funcionários do governo que se referiram ao desejo de Obama de assinar o pacote econômico fora de Washington. De acordo com as fontes, Obama quer percorrer as áreas do país que foram mais afetadas pela recessão.

O The Wall Street Journal, em sua edição digital, afirmou que Obama centrará agora sua atenção no déficit fiscal que este ano poderia se aproximar dos US$ 2 trilhões. O presidente convocou uma "cúpula de responsabilidade fiscal" para o dia 23 de fevereiro. Três dias depois ele vai divulgar um rascunho do orçamento para pressionar os políticos a debater publicamente a crise orçamentária do país.

O pacote foi aprovado no Senado dos Estados Unidos na noite da última sexta-feira, por 60 votos a 38, horas depois de a Casa dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados) também ter passado a medida.

Montadoras

A Casa Branca pediu ontem uma profunda reestruturação das montadoras americanas como compensação pela ajuda bilionária que receberão do plano de recuperação do governo. O pedido vem dois dias antes da data prevista para que duas gigantes do setor automobilístico americano, GM (General Motors) e Chrysler, entreguem planos ao governo dizendo como poderão devolver os bilhões de dólares em empréstimos.

"Nós precisamos de uma indústria automobilística próspera neste país. Há milhões de vidas que dependem disso", disse David Axelrod, um dos principais conselheiros do presidente dos EUA, Barack Obama, em entrevista ao canal de notícias Fox News. "Nós temos um interesse real em ver a indústria automobilística sobreviver, mas isso exigirá uma maior reestruturação do setor", completou.

No final de 2008, o governo emprestou à General Motors um total de US$ 13,4 bilhões, e outros US$ 5 bilhões à Chrysler, para impedir que os problemas financeiros das empresas as levassem à falência, e deu prazo até 16 de fevereiro para que apresentem ideias sobre sua viabilidade econômica diante de uma redução inédita nas vendas de automóveis no país. Os projetos finais, que servirão de base para a decisão do Tesouro de cancelar ou estender os empréstimos, deverão ser entregues no próximo dia 31 de março.

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