São Paulo A OceanAir fechou um acordo com a BRA e vai atender os 70 mil passageiros que já compraram bilhetes da empresa, dos quais 43 mil passageiros de vôos regulares e 27 mil compradores de pacotes da agência PNX Travel. A informação foi dada na tarde de ontem pelo presidente da OceanAir, German Efromovich. O executivo esclareceu que não se trata de uma aquisição, mas de "um acordo emergencial para atender esses passageiros". E disse ainda que a OceanAir quer expandir sua malha para todas as rotas domésticas e internacionais em que a BRA atuava. A empresa suspendeu suas operações na semana passada e demitiu 1,1 mil funcionários.
Segundo ele, o atendimento prestado aos passageiros da BRA no final de semana resultou de um pedido da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para atender passageiros e minimizar o impacto das suspensões das operações da companhia aérea. Efromovich não deu detalhes em relação às garantias de pagamentos a BRA pelas operações que a OceanAir está realizando para atender a sua demanda. No final de semana foram atendidos 6.182 passageiros, com a realização de 121 trechos com duas aeronaves da própria BRA (737-200) e duas (767-300 e MK28) da OceanAir.
Segundo o executivo, o atendimento imediato de passageiros da BRA depende da disponibilidade de assentos em seus aviões e que a empresa não colocará vôos extras para atender essa demanda. No caso das viagens internacionais, Efromovich esclarece que aguarda a chegada de novos aviões que serão incorporados à frota da OceanAir para começar a atender os passageiros que compraram bilhetes com destino às três rotas que a BRA fazia no exterior, entre elas Lisboa, Madri e Roma.
O presidente da OceanAir informou ainda que está negociando com empresas arrendatárias para assumir aeronaves da BRA, entre elas seis ou sete modelos 737 e um modelo 767. O executivo afirmou que a empresa está em "plena fase de expansão" e que deverá contratar entre 400 e 500 funcionários para atender as novas rotas que pretende implantar. "Estamos admitindo tripulantes e podemos dar preferência aos profissionais da BRA", informou.



