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Puxado pela forte desvalorização de mais de 10% das ações da OGX, empresa de petróleo de Eike Batista, o principal índice de ações da Bolsa brasileira fechou hoje em queda de 2,05%, aos 52.881 pontos -menor nível do Ibovespa desde 25 de julho do ano passado, quando ficou em 52.607 pontos.

Além do clima de aversão ao risco no exterior, os investidores por aqui também estavam cautelosos com a decisão sobre o juro básico nacional, que será anunciada até o final da noite.

As ações da OGX encerraram o dia com baixa de 10,7%, cotadas a R$ 1,25 cada, refletindo a queda em torno de 10% na produção de petróleo da companhia em março, na comparação com o mês anterior.A empresa alegou que problemas operacionais foram responsáveis pelo fraco desempenho no período e que tais problemas serão solucionados apenas em meados de maio.

"Isso deixou o mercado bastante preocupado, já que a empresa não vinha bem e, agora, indica que a produção de maio pode ser ainda pior", diz Pedro Galdi, da SLW Corretora.

A produção média de petróleo e gás da petroleira caiu para 15,1 mil barris de óleo equivalente por dia em março, ante média 16,8 mil barris em fevereiro.

Durante a manhã, quando os papéis atingiram queda de mais de 10%, a BM&FBovespa interrompeu por alguns minutos as negociações com as ações da OGX para fazer três leilões.

O processo é uma interrupção controlada das negociações de ações, um procedimento adotado pela Bolsa que visa a proteção do mercado contra variações abruptas de preços e manipulações.

Esse procedimento ajusta os preços de compra e de venda da ação, estabelecendo um novo preço-base para o papel. Esse patamar é utilizado como referência e, caso haja queda superior a 10% sobre esse valor, é realizado um novo leilão. Também pesou sobre a queda da Bolsa hoje o vencimento de opções sobre o Ibovespa e os contratos de Ibovespa futuro na BM&FBovespa.

Agenda NeutraPor aqui, os investidores avaliaram o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) de São Paulo, que registrou variação positiva de 0,08% na segunda quadrissemana de abril, ante queda de 0,11% na primeira quadrissemana do mês, informou hoje a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

Nos EUA, a economia do país expandiu-se em ritmo moderado entre o fim de fevereiro e o início de abril, amparada por melhores condições no setor de construção e alta nos preços de moradias em várias partes do país, disse hoje o Federal Reserve, banco central americano.

O relatório elaborado pelos 12 bancos regionais do Fed foi ligeiramente mais otimista do que o último levantamento Livro Bege, com as unidades de Dallas e Nova York notando leve aceleração no ritmo de expansão, enquanto cinco descreveram o crescimento como moderado e as outras cinco, como modesto. Na Europa, o índice de desemprego da Inglaterra desapontou crescendo mais do que o esperado em abril, com avanço de 7,9% ante expectativas de alta de 7,8%.

Além disso, o banco central britânico divulgou a minuta de sua última reunião de política monetária, revelando que seus membros mais uma vez estão divididos entre aumentar o programa de compras de ativos ou não, a fim de estimular o crescimento do país. O programa totaliza, atualmente, 375 bilhões.

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