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A desaceleração econômica global está longe de acabar, e alguns países precisam desmantelar perigosas barreiras protecionistas impostas em resposta a esta situação, disse o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, nesta segunda-feira.

Em um discurso para os 153 membros da OMC, Lamy afirmou que barreiras a importações e outras restrições estavam isolando os mercados e gerando mais dificuldade em um momento de demanda deprimida.

"Não há indicação ainda de governos retirando restrições comerciais ou outras medidas que eles impuseram inicialmente com a crise", disse eles.

Ao dizer que não houve uma "ruptura do protecionismo de alta intensidade" até o momento, Lamy levantou a possibilidade do surgimento de uma disputa comercial, restrições retaliatórias e sanções em resposta a barreiras injustas.

Ele também alertou sobre o momento de dificuldade econômica que pode persistir.

"Eu alertaria contra o otimismo excessivo", disse Lamy durante reunião da OMC.

"Apesar dos mercados financeiros estarem mostrando sinais de estabilidade, a crise está longe de acabar, em particular nos países em desenvolvimento, que estão apenas agora começando a sentir a verdadeira força em seu comércio e crescimento econômico".

Na última semana, Lamy participou da reunião de cúpula do G8, que focou também em negociações para a conclusão da Rodada de Doha de livre comércio global.

Diplomatas do setor se encontraram na tarde desta segunda-feira na OMC para as negociações de Doha pela primeira vez desde que os países emergentes do G8 definiram uma nova meta para as conversações iniciadas em 2001.

Os negociadores estão enchendo sua agenda de setembro com reuniões para resolver as diferenças restantes sobre quais setores poderiam ser resguardados de cortes de tarifas e quais produtores agrícolas poderiam continuar recebendo subsídios.

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