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Apagão ocorrido no ano passado ocorreu após um problema na hidrelétrica de Itaipu, devido a uma falha das linhas abastecidas por Furnas | Christian Rizzi / Agência de Noticias Gazeta do Povo
Apagão ocorrido no ano passado ocorreu após um problema na hidrelétrica de Itaipu, devido a uma falha das linhas abastecidas por Furnas| Foto: Christian Rizzi / Agência de Noticias Gazeta do Povo

O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, afirmou nesta segunda-feira (24) que o órgão estuda novas medidas de segurança para evitar novos apagões, como o ocorrido em novembro do ano passado, quando 18 Estados ficaram sem luz. Na prática, a ideia é tentar aliviar o peso da usina hidrelétrica de Itaipu, ainda responsável por grande parte da energia consumida pelo País, e evitar uma "sobrecarga" nas demandas da usina, em seu fornecimento de energia.

Uma das medidas que estão sendo efetuadas é a construção de uma outra linha de transmissão, ligando Foz de Iguaçu a Cascavel (no meio do caminho entre Foz e Ivaiporã, no Paraná), que tiraria um pouco do "peso" de Itaipu. No apagão ocorrido no ano passado, o problema ocorreu na hidrelétrica de Itaipu, devido a uma falha das linhas abastecidas por Furnas, prejudicadas por condições meteorológicas adversas, como fortes chuvas ocorridas na região das linhas. Ainda segundo Chipp, o ONS analisará alguns pontos estratégicos onde os critérios de segurança e monitoração podem ser aprimorados, com o objetivo de evitar blecaute. "Não é não ter blecaute. É impossível você operar para evitar blecaute" disse, acrescentando, no entanto, que algumas medidas estratégicas e de segurança podem ser efetuadas para tentar evitar este problema.

Na avaliação de Chipp, o operador do sistema e os órgãos planejadores do sistema elétrico precisam encontrar um ponto de equilíbrio quanto ao custo da segurança. Ele comentou que, no âmbito do ONS, preocupa a ausência de novas térmicas na matriz energética nacional. Para o ONS, de acordo com Chipp, seria mais interessante promover leilões onde se envolvesse "todo mundo" e assim diversificar ainda mais a matriz.

Chipp defendeu ainda a ideia de leilões dirigidos, ou regionais, realizados apenas em áreas onde a demanda por um tipo de energia seja mais ausente. "Por exemplo, é notória a necessidade de térmicas no Sul", afirmou, comentando que poderia haver leilões de térmicas somente naquela região, para atender especificamente aquela área. Ele deu entrevista a jornalistas após participar de cerimônia de posse de novos diretores do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), nesta segunda, no Rio.

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