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Parlamentares da oposição criticaram nesta terça-feira (13) a intenção do governo de criar mais uma estatal, dessa vez uma seguradora pública - a Empresa Brasileira de Seguros S.A (EBS) . O líder do DEM na Câmara, deputado Paulo Bornhausen (SC), considerou a ideia "um deboche". Deputados e senadores dos dois partidos condenaram a intenção do governo de intervir no mercado privado, com a criação de uma empresa desse tipo. No Senado, os discursos lembraram ainda que o governo Lula criou outras estatais e que, recentemente, o Congresso deu aval para a criação justamente de mais uma: a Petro-Sal.

- É um deboche, uma volta ao passado. Um setor que já foi desestatizado. Devem estar com falta de emprego para a "companheirada". É mais um absurdo, o Estado-empresário na sua fina flor - disse Bornhausen.

Na mesma linha, o líder do PSDB na Câmara, deputado João Almeida (BA), disse que a empresa criaria mais empregos para as pessoas ligadas ao governo Lula.

- É mais emprego para a "companheirada" - ironizou o tucano.

No Senado, a reação mais forte foi do senador Álvaro Dias (PSDB-PR). Ele citou reportagem do jornal O GLOBO, revelando a intenção de se criar a 12ª estatal do país.

- Uma das críticas contumazes ao Governo Lula diz respeito ao gigantismo da máquina pública. Agora, mais uma empresa estatal. O que mais preocupa é o cunho estatizante que essa medida contempla - disse Álvaro Dias.

- A criação da EBS, que é a Segurobrás, é uma absoluta irresponsabilidade, porque feita em final de governo, e uma incoerência total. O IRB acabou de ser privatizado: há um ano e meio. Privatiza-se o instituto de resseguros e cria-se uma empresa para resseguros...

Ninguém entende mais nada. É um absurdo, um desvario, uma completa falta de orientação, ou melhor: uma orientação absolutamente absurda no caminho da estatização! - acrescentou o senador Antonio Carlos Magalhães Júnior (DEM-BA).

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