Mesmo com o agravamento da situação internacional e o aumento da aversão ao risco pelas condições fiscais de países europeus como a Grécia, Espanha e Portugal, o fluxo de dólares continua positivo para o mercado brasileiro. Segundo dados divulgados hoje pelo Banco Central, o Brasil recebeu US$ 1,917 bilhão na primeira semana do mês, entre os dias 1º e 5 de fevereiro. O resultado de apenas uma semana supera todo o ingresso de janeiro quando o fluxo ficou positivo em US$ 1,075 bilhão.
Segundo os dados do BC, o resultado da semana passada foi liderado pelo segmento financeiro. Na conta onde são registrados as transferências para aplicação em ações e títulos, investimentos produtivos e remessas de lucros, entre outras transações, a semana teve ingresso líquido de US$ 1,517 bilhão, resultado superior ao US$ 1,215 bilhão de todo mês de janeiro. A entrada de dólares na conta financeira na semana foi resultado de ingressos totais de US$ 5,586 bilhões e saídas de US$ 4,069 bilhões.
O fluxo cambial teve, ainda, o reforço do segmento comercial que registrou ingresso líquido de US$ 400 milhões, o que em relação à saída de US$ 140 milhões observada em janeiro. A volta ao campo positivo no segmento comercial foi gerada pelas exportações que somaram US$ 2,686 bilhões e foram suficientes para mais do que cobrir integralmente as importações de US$ 2 286 bilhões nesse período. No acumulado do ano até o dia 5 de fevereiro, o fluxo cambial é positivo em US$ 2,991 bilhões. Em igual período de 2009, o resultado era negativo em US$ 2,673 bilhões.
Compra de dólares
O Banco Central reduziu drasticamente o ritmo de compra de dólares no mercado cambial à vista. Dados divulgados nesta quarta-feira (10) mostram que as intervenções diárias do BC fizeram as reservas internacionais crescerem US$ 54 milhões na primeira semana de fevereiro - entre os dias 1º e 5. Na média, o impacto das compras da autoridade monetária nas reservas foi de US$ 10,8 milhões em cada dia da semana. O valor é 87,9% menor que a média de janeiro, que somou US$ 89,9 milhões. A redução do ritmo das compras do BC coincide com a preocupação do mercado internacional com a situação fiscal de países europeus e a subida das cotações da moeda norte-americana no Brasil.
Na semana passada, o dia com o menor volume foi a segunda-feira, quando apenas US$ 2 milhões foram agregados às reservas. Esse movimento se refere ao leilão realizado dois dias úteis antes, em 28 de janeiro, porque a liquidação dessas operações acontece em "D+2". O dia com maior volume foi a quinta-feira, quando a compra de dólares aumentou as reservas em US$ 30 milhões.
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