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A alta de 2,63% no preço da carne inflacionou os preços de alimentos em novembro | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
A alta de 2,63% no preço da carne inflacionou os preços de alimentos em novembro| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

"Para dezembro, esperamos que o IPCA mantenha um patamar pressionado, impactado principalmente pelos preços de alimentação. Não descartamos também a possibilidade de estouro do teto, o que seria por uma margem relativamente pequena."

Trecho de relatório da consultoria Rosenberg & Associados

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consu­midor Amplo (IPCA) fechou novembro com taxa de 0,52%, ante uma variação de 0,43% em outubro, informou ontem o IBGE. O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas, que iam de uma taxa de 0,47% a 0,56%, com mediana de 0,50%.

O IPCA é o índice oficial utilizado pelo Banco Central para cumprir o regime de metas de inflação, determinado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Até novembro, o indicador acumula alta de 5,97% no ano. Em 12 meses, o índice registra aumento acumulado de 6,64%.

Para que o IPCA encerre o ano dentro do limite superior da meta, de 6,5%, o resultado de dezembro não pode ser maior que 0,50%. A consultoria Ro­sen­berg & Associados prevê uma alta de exatamente 0,50% neste mês, que faria o índice geral ficar em 6,5%, no limite máximo da meta.

"Para dezembro, esperamos que o IPCA mantenha um patamar pressionado, impactado principalmente pelos preços de alimentação. Não descartamos também a possibilidade de estouro do teto, o que seria por uma margem relativamente pequena", afirmaram os economistas da Rosenberg, em relatório enviado a clientes.

Produtos

O aumento de 2,63% nos preços das carnes na passagem de outubro para novembro foi um dos principais responsáveis pela alta do IPCA em novembro.

Como resultado, o grupo alimentação e bebidas acelerou a alta para 1,08%, após ter registrado variação de 0,56% em outubro. Esse grupo foi responsável por 48% da taxa total do IPCA em novembro.

Entre os alimentos em queda, o leite ficou 2,02% mais barato, sendo o principal impacto a puxar a taxa do IPCA para baixo. Entre os itens não alimentícios, a variação foi de 0,35%, abaixo da taxa de outubro, de 0,39%.

Empregado doméstico

O aumento de 1,36% nas despesas com empregados domésticos em novembro fez o item se tornar o segundo maior impacto na alta geral de 0,52%. Na leitura anterior, o item empregados domésticos tinha subido 0,10%. Também ficaram mais caros os serviços de manicure, que passaram de 0,88% em outubro para 1,98% em novembro; cabeleireiro (de 0,54% para 1,19%); e costureira (de 0,41% para 1,64%). Os aumentos fizeram o grupo despesas pessoais passar de uma alta de 0,22% em outubro para 0,88% em novembro, a segunda maior variação entre todos os grupos no período, superada apenas pela dos alimentos (1,08%).

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