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Para crescer, Femsa investe US$ 340 milhões

Empresa mexicana, que acaba de assumir a paranaense Spaipa, tem plano agressivo para Brasil

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A Coca-Cola Femsa, empresa mexicana que nesta semana assumiu o controle acionário da paranaense Spaipa, antiga Paraná Refrigerantes, está investindo cerca de US$ 340 milhões (aproximadamente R$ 741 milhões) em ampliação da capacidade de produção e logística de suas unidades no Brasil. O plano de investimentos complementa a agressiva estratégia de crescimento no mercado brasileiro de bebidas.

INFOGRÁFICO: Conheça a Femsa

Em sete anos, com a aquisição de quatro franquias brasileiras, a joint-venture entre a Coca-Cola e a engarrafadora mexicana Femsa se tornou a maior franquia do sistema no país, com cerca de 66 milhões de consumidores. Nesse período, a empresa também investiu na compra da Sucos Mais, da Sucos Del Valle e da curitibana centenária Matte Leão, empresas que hoje fazem parte da Leão Alimentos, da qual a Coca-Cola Femsa Brasil é acionista.

A maior parte do investimento – US$ 258 milhões, ou R$ 464 milhões – ocorre na unidade que a companhia constrói em Itabirito (MG) para ser a primeira fábrica verde da Coca-Cola Femsa no mundo, com capacidade anual de produção de 2,1 bilhões de litros. Isso equivale a um incremento de aproximadamente 47% em relação à produção atual da fábrica de Belo Horizonte.

O investimento em ampliação não inclui a paranaense, que tem uma fábrica em Curitiba e outra em Maringá, mais duas engarrafadoras de refrigerantes no interior de São Paulo, em Marília e Bauru, e sete centros de distribuição. Embora a aquisição por US$ 1,8 bilhão (ou R$ 3,9 bilhões) esteja consolidada, com autorização do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a companhia mexicana ainda não apresentou seu plano de ação para a Spaipa e o mercado em que atua.

A Coca-Cola Femsa diz que uma equipe formada por profissionais das duas empresas trabalha no processo de transição e integração, que envolve, além das quatro fábricas, 6 mil funcionários e uma frota de 445 caminhões para atender 116 mil pontos de venda e 17,2 milhões de consumidores. "Ao final desta etapa, esperamos que os colaboradores da Coca-Cola Femsa e da Spaipa saibam sobre a estrutura, os territórios e a cultura organizacional das empresas", disse o presidente da Coca-Cola Femsa Brasil, José Ramón Martínez.

Uma aposta na diversificação de mercados

Uma parte do que os colaboradores do Sul do Brasil vão conhecer da nova controladora diz respeito a uma estratégia agressiva de crescimento. O grupo Femsa trabalha para dobrar o valor dos negócios a cada cinco anos, investindo na diversificação de mercados, segundo destacou na semana passada o gerente de relações com investidores, Maximilian Zimmermann, a um grupo de 30 jornalistas da América Latina reunidos em Monterrey, cidade do México onde está a sede da empresa.

Desde que cruzou a fronteira mexicana em 2003, o grupo vem se expandindo principalmente por meio de aquisições. Nos últimos dois anos, foram sete – das quais duas no Brasil – que somaram US$ 5 bilhões. Com o cenário econômico internacional favorável, a companhia cresceu entre 6% e 8% ao ano, de 2010 a 2012. A performance caiu pela metade no primeiro semestre de 2013, prejudicada pela crise cambial.

Empenhada em enfrentar ataques a seus produtos – vinculados a questões de saúde, como a obesidade, e a agressões ao meio ambiente, como o alto consumo de água –, a empresa desenvolveu uma série de programas de saúde e sustentabilidade que recebem investimentos próprios anuais de US$ 70 milhões (ou R$ 140 milhões).

A jornalista viajou a convite do grupo Femsa.

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