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A presidente Dilma Rousseff admitiu novos riscos de interrupção de energia elétrica, mas rejeitou o termo "apagão". Dilma disse que os cortes de luz são provocados, na maioria das vezes, por falha humana e afirmou que o maior problema é a demora no restabelecimento da energia. Em café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto nesta quinta-feira, a presidente definiu como "ridículo" o comentário de que o Brasil pode sofrer racionamento.

"Quando falarem para vocês que caiu um raio, vocês gargalhem", disse Dilma aos repórteres. "Raio cai todo dia nesse País, a toda hora. Raio não pode desligar sistema. Se desligou, é falha humana. Não é sério dizer que a culpa é do raio. A nossa briga é para impedir que, quando o raio cai, o sistema pare."

Dilma também atribuiu a "falha humana" a falta de luz que atingiu, na noite passada, o Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. "O sistema elétrico do Galeão inteiro terá de ser trocado. No Rio de Janeiro, sempre que a temperatura passa de 40 (graus), a Light tem problema."

Para a presidente, o sistema elétrico tem de ser "implacável" com as interrupções. "Não podemos aceitar conviver com isso", insistiu. Ela afirmou, ainda, que o governo investirá na manutenção da rede, em 2013, e lembrou que, antigamente, todos os recursos eram destinados somente à transmissão e à geração de energia por falta de verba. "Não tinha dinheiro, não tinha tarifa. Você faz o quê? Não tem mágica. Agora vamos fazer as duas coisas porque temos dinheiro. É bastante recente que voltamos a investir em hidrelétricas", comentou, citando as usinas de Santo Antônio e Jirau.

A presidente usou, ainda, uma expressão mineira para dizer que o Brasil tem condições para aplicar a verba nessa área. "Estamos saindo (da fase) da mão para a boca", disse. "Acho ridículo dizer que o Brasil corre risco de racionamento."

Falácia

Sem citar diretamente a polêmica travada com o PSDB por causa da redução do preço da luz, Dilma afirmou ser "uma falácia" dizer que seu governo queria romper contrato com as concessionárias de energia. Empresas de Minas Gerais, São Paulo e Paraná - Estados comandados pelo PSDB -, além de Santa Catarina, recusaram o acordo proposto pela presidente sobre renovação de concessões e diminuição da tarifa, sob a alegação de que o governo queria romper contratos e fazer "cortesia com chapéu alheio".

"Este País não rompeu contratos", disse Dilma. "Isso é uma falácia. Não há nenhuma obrigação de renovação", completou, em referência ao acordo com as concessionárias de energia.

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