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Itaipu

Paraguai quer reajuste da tarifa antes de julho

Acordo entre governos brasileiro e paraguaio vai triplicar valor pago pela energia excedente do país vizinho, mas projeto ainda tramita no Congresso

Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu: paraguaios têm pressa | Christian Rizzi/Gazeta do Povo
Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu: paraguaios têm pressa (Foto: Christian Rizzi/Gazeta do Povo)

Foz do Iguaçu - Representantes paraguaios pressionam o governo brasileiro a aprovar o reajuste da tarifa paga pela energia de Itaipu ao país vizinho. Em reunião ontem, em Brasília, ficou decidido que os parlamentares aliados ao governo devem tentar aprovar a medida até julho, ou o projeto só voltará a ser discutido após as eleições.

O acordo entre os dois países, fechado em setembro passado, triplica o valor da tarifa da energia excedente que o Paraguai vende ao Brasil. Se aprovado, o montante repassado por ano ao Paraguai saltará dos atuais US$ 120 milhões para US$ 360 milhões.

O reajuste já foi aprovado pelo Congresso Nacional paraguaio, mas no Brasil ainda deve passar por cinco comissões antes de seguir para votação no plenário da Câmara Federal e depois para apreciação do Senado.

O relator da matéria, deputado Dr. Rosinha (PT-PR), aguarda para a próxima semana o resultado de uma consultoria que avaliará a viabilidade do acordo. Segundo Rosinha, apesar de mais caro, o acordo também é bom para o Brasil. "Quando apresentada pela primeira vez, a proposta previa que esse aumento passasse de US$ 800 milhões. Durante as negociações, conseguimos uma redução significativa", avaliou o relator, que defende que o Brasil tem um papel importante na eliminação das assimetrias econômicas e sociais na América Latina. "Melhor a solidariedade do que erguer muros nas fronteiras, como acontece entre os Estados Unidos e México. Para que haja integração é preciso também haver concessões", acredita.

O comprometimento com investimentos em projetos sociais é um dos seis pontos firmados pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Lugo. Outros dois pontos são a construção de uma nova linha de transmissão até a capital Assunção e a possibilidade de o Paraguai negociar parte da produção direto no mercado brasileiro.

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