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TRF-1

Paralisação de Belo Monte vai gerar desemprego, diz empresa

Em nota, a empresa defendeu a legalidade da obra e disse que o Brasil será o "primeiro prejudicado" com a paralisação, que pode afetar o emprego de "mais de 20 mil trabalhadores"

Em sua primeira manifestação após a Justiça Federal determinar a paralisação das obras de Belo Monte (PA), a Norte Energia, empresa responsável pela hidrelétrica, afirmou que a medida vai provocar desemprego e o cancelamento de benfeitorias realizadas como contrapartida aos impactos do empreendimento.

Em nota, a empresa defendeu a legalidade da obra e disse que o Brasil será o "primeiro prejudicado" com a paralisação, que pode afetar o emprego de "mais de 20 mil trabalhadores". Belo Monte é uma das principais obras do governo federal, em construção no rio Xingu (PA) a um custo de R$ 25 bilhões, e deve começar a gerar energia em 2015.

As obras continuavam nesta quinta-feira (16) porque a Norte Energia ainda não foi notificada da decisão judicial. A paralisação, contudo, pode afetar o cronograma do empreendimento.

Em decisão desta semana, o TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) entendeu que a autorização do Congresso Nacional para Belo Monte, em 2005, foi irregular porque não houve consulta aos índios da região afetada.

Movimentos ambientalistas, que consideram que Belo Monte prejudicará os moradores da região, comemoraram a decisão, motivada por ação do Ministério Público Federal. A empresa afirma que houve reuniões com os índios, mas depois da autorização do Congresso.

"Em sintonia com a Funai [Fundação Nacional do Índio], realizaram-se, entre dezembro de 2007 e outubro de 2009, 38 reuniões em 24 aldeias que fazem parte do processo de consulta, além de quatro audiências públicas nas cidades paraenses de Brasil Novo, Vitória do Xingu, Altamira e Belém", diz a nota.

Uma das preocupações da empresa é que a obra perca o período de estiagem, que vai até dezembro, durante o qual a Norte Energia planejava intensificar os trabalhos.

"Outro efeito negativo da suspensão das obras é a interrupção dos investimentos de R$ 3 bilhões previstos em 117 programas do Projeto Básico Ambiental que terão que ser cancelados. Obras importantes serão canceladas, como o saneamento básico da área urbana de Altamira e de Vitória do Xingu", diz a nota.

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