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Paraná: Copa do Mundo concentra investimento no setor de serviços em julho

Grupo que engloba agências de viagem e vigilância teve alta de 18,6% no estado em julho, segundo o IBGE. Outras áreas tiveram redução no crescimento

Arena da Baixada recebeu quatro jogos da Copa do Mundo | Daniel Castellano / Gazeta do Povo
Arena da Baixada recebeu quatro jogos da Copa do Mundo (Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo)

A receita nominal no setor de serviços no Paraná ficou concentrado, sobretudo, no setor de técnicos-profissionais e pessoal administrativo em julho deste ano (2014), mês da Copa do Mundo. As informações são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta terça-feira (16).

Veja a relação entre o crescimento do setor de serviços no Paraná e no Brasil

Este grupo teve crescimento de 18,6% em julho, em relação a julho de 2013. No ano passado, para o mesmo mês, os mesmos setores registraram um índice negativo de 4,2%, no comparativo com julho de 2012.

As demais áreas do setor de serviços também registraram crescimento; mas, via de regra, com porcentuais inferiores ao do mesmo mês no ano anterior. A exceção fica com a rubrica "outros serviços", que aumentou a taxa de crescimento, mas representa cerca de 2% do setor.

Copa

O coordenador do curso de Ciências Econômicas da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), Carlos Magno Andrioli Bittencourt, explica que o salto no crescimento na contratação de serviços técnicos-profissionais e pessoal administrativo é efeito da Copa do Mundo. "Durante o evento os serviços são mais de entretenimento, mas antes disso já há a preparação de um pessoal para o receptivo, para segurança", explica.

A concentração de investimentos para o evento, no entanto, não significa que este dinheiro seria investido em outras áreas, caso não houvesse o mundial. "Como está em um ano eleitoral, de decisões, o empresariado já vinha com o pé no freio", argumenta o professor.

Bittencourt ressalta que apesar da queda, o setor continua crescendo. Ainda assim, a desaceleração deve criar um estado de alerta, diz, tanto que 27 unidades da federação, oito apresentaram números negativos. O professor destaca que o Paraná ficou em sétimo lugar entre os estados brasileiros. No Sul, perde para Santa Catarina, possivelmente pela vocação para o turismo do estado vizinho, que pode ter impulsionado a economia no mês da Copa do Mundo no Brasil.

Média

Na média geral, o setor registrou uma taxa de crescimento em sua receita bruta de 4,7% no estado do Paraná, nos comparativos dos dois meses de julho (2013 e 2014). A média do estado ficou um décimo porcentual acima da nacional, que fechou julho em 4,6% no comparativo com mesmo período um ano antes. O índice brasileiro foi o menor de toda a série do indicador, que começou a ser medido em julho de 2012. No Paraná, o menor crescimento foi registrado em junho de 2013, quando chegou na casa dos 4,6%.

A variação acumulada no ano foi de 7,6%, acima da média nacional de 7%. Ainda assim, foi o menor índice registrado desde janeiro. Já o acumulado nos 12 meses anteriores manteve-se no estado estável ao longo do ano, variando de 7,2% a 7,8%. Em julho, a marca foi de 7,4%, contra 7% na média nacional.

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