No dia em que se comemora 125 anos da abolição da escravidão no Brasil, o Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE) divulgou, nesta segunda-feira (13), um balanço com o número de trabalhadores resgatados de condições análogas à escravidão no ano passado. O Paraná é o estado do Sul com maior quantidade de pessoas que se enquadram nessa categoria, com 256 resgatados em 13 operações de fiscalização.
Duas cidades do noroeste do estado concentram a maior parcela de resgatados: 217 trabalhadores escravos foram encontrados somente nos municípios de Perobal e Engenheiro Beltrão. Todos trabalhavam no setor sucroalcooleiro. Os municípios entraram para a lista das cinco cidades brasileiras com maior quantidade de resgatados, em segundo e quinto lugar, respectivamente.
Com 256 resgatados, o Paraná ficou bem à frente dos outros estados do Sul. O Rio Grande do Sul teve 59 pessoas resgatadas e Santa Catarina, 52.
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Em todo o país, as operações resultaram no resgate de mais de 2,8 mil trabalhadores dos meios urbano e rural. Segundo o MTE, houve um aumento de 14,37% em relação aos dados divulgados no ano passado. O aumento teria sido resultado da ampliação das regiões inspecionadas, em especial no meio urbano. Houve, ainda de acordo com o órgão, um aprimoramento da triagem das denúncias e do planejamento das ações.
O Norte é a região que ainda concentra mais trabalhadores escravos, com 1,1 mil resgatados em 117 ações de fiscalização em 2012. O Sudeste aparece em segundo lugar, com 496 resgates em 27 operações. O Sul fica em quarta posição, atrás do Nordeste, com 367 resgatados e 23 ações.
As operações resultaram no pagamento de R$ 9,5 milhões em verbas rescisórias aos trabalhadores resgatados. Em 2012, foram emitidos cerca de 3,7 mil autos de infração, 2,3 mil guias de seguro-desemprego e assinadas 500 Carteiras de Trabalho e Previdência Social (CTPS).



