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Em 2013, Ipardes havia previsto uma expansão de 5%. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Em 2013, Ipardes havia previsto uma expansão de 5%.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O Paraná registrou crescimento de 0,8% no Produto Interno Bruto (PIB) de 2014, de acordo com estimativa do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), divulgada nesta sexta-feira (27). Este é o pior resultado desde o recuo de -1,32% em 2009, em meio à crise internacional.

O cenário estadual é reflexo direto do baixo crescimento do Brasil, que fechou o ano praticamente estagnado, com ligeira expansão de 0,1%, de acordo com o levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também divulgado na sexta-feira.

O economista Francisco José Gouveia de Castro, do Ipardes, afirma que o mau resultado paranaense é compreensível devido a conjuntura macroeconômica. “O baixo crescimento do país combinado ao índice de inflação persistente e a alta taxa de juros tem reflexo tanto na produção quanto no consumo das unidades federativas”, diz.

O Paraná vinha de um crescimento considerável há três anos (veja infográfico), mas, segundo Castro, sofreu um contágio da regressão das atividades nacionais em sua matriz produtiva, especialmente a industrial.

Apesar de o Ipardes não ter divulgado individualmente os dados dos setores, o desempenho negativo da indústria de 5,5% de recuo de produção no ano passado foi medido pelo IBGE, na Pesquisa Industrial Mensal. “O agronegócio também enfrentou uma forte estiagem no ano passado, que impactou diretamente no crescimento. Isso também teve efeito sobre os setores de serviços e industrial porque diminuiu a demanda”, afirma Castro.

Projeção equivocada

Em dezembro de 2013, o Ipardes previu que a economia do Paraná avançaria 5% em 2014. De acordo com o instituto na época, o índice se sustentaria em três pilares: a recuperação da renda do agronegócio, a vitalidade do mercado de trabalho no estado e a maturação dos investimentos atraídos pelo programa Paraná Competitivo, do governo do estado.

A perspectiva para este ano, segundo Castro, é que a agroindústria se recupere e impacte de forma positiva o crescimento do Paraná.

Apesar do cenário negativo desenhado pelo mercado para o PIB nacional, que prevê até 1% de retração, o economista prevê números melhores para o estado. “Creio que sa taxa negativa nacional vai repercutir, mas, no caso do Paraná, não acredito que o crescimento será negativo.”

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