Sete cidades paranaenses estão entre os cem melhores mercados para franquias no Brasil, de acordo com um levantamento da Rizzo Franchise, empresa de consultoria que realiza pesquisas sobre o setor. Curitiba é a sexta melhor cidade para instalar uma franquia no país e cidades do interior do estado e da região metropolitana da capital também são destaque para empreendedores do ramo.
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O estudo investigou o potencial de instalação de franquias em todas as cidades brasileiras e identificou quais são os principais ramos de atuação em cada mercado, classificando-os de acordo com as especificidades de cada local. Além da capital, Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa, Cascavel e São José dos Pinhais estão entre os melhores locais do Paraná para se abrir uma franquia.
O especialista em franquias Marcus Rizzo, autor da pesquisa, explica as razões para as principais oportunidades de cada cidade. Segundo ele, o ramo automotivo se destaca em Curitiba, Londrina e Foz do Iguaçu porque não há uma oferta de serviços compatível com a procura.
Maringá tem carência na área de Vestuário e Acessórios, enquanto Cascavel poderia ter mais livrarias. "As cidades mais à Oeste do Brasil cresceram muito, mas com carência de serviços, já que as empresas olharam mais para as capitais", explica Rizzo.
Ponta Grossa, que desponta no ramo de Educação e Treinamento, tem espaço para mais escolas de idiomas, devido à economia e à população jovem da cidade, enquanto São José dos Pinhais tem espaço para novas livrarias, tendo em vista que a população está menos dependente da capital. "Identificamos as cidades com a melhor relação entre potencial de consumo e demanda. O empreendedor deve escolher um negócio por aptidão e o estudo relaciona o seu desejo com as oportunidades", analisa o autor da pesquisa.
Terceira maior oportunidade em Curitiba, o setor de construção chamou a atenção de Edmilson do Carmo Silva, que abriu uma franquia da empresa de reformas e reparos Dr. Resolve na cidade há quatro meses. Com vontade de empreender, pesquisou o ramo e percebeu as oportunidades. "Faltam profissionais qualificados no setor e há poucas lojas de construção em Curitiba. Estou com cinco funcionários e pretendo fechar o ano com dez. Há muito mercado e demanda para a construção na cidade", conta o empresário.
Roberto Harry Kanter, professor de marketing do ISAE/FGV, ressalta que o empreendedor precisa identificar o melhor modelo para ele e não buscar oportunidades em setor que não goste ou não conheça. "Antes de pensar em abrir uma franquia, porém, é preciso que o empreendedor tenha capital, de preferência de dois a três vezes o valor do investimento inicial", salienta.
