O grupo Kapersul, que trabalha com gestão de resíduos, aproveitou a semana do meio ambiente para fechar parceria com a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS). A missão da Kapersul será buscar empresas interessadas em participar do Programa de Adoção de Floresta com Araucária e do Condomínio da Biodiversidade (ConBio), realizados pela SPVS principalmente em território paranaense. Uma das iniciativas da sociedade que já tem parceria com mais de 40 instituições e companhias de grande porte é convencer empresários a comprar as escassas áreas de mata nativa que sobraram no estado, evitando assim que elas sejam devastadas. Mais recentemente, o ConBio incentiva ações que invertam processos de degradação ambiental na região metropolitana de Curitiba.
De bem com o meio ambiente
O município de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, comemorou bastante a futura instalação de uma unidade produtiva do Grupo Bitway, fabricante de computadores com sede em Ilhéus, na Bahia. Como a cidade está localizada em uma área de proteção ambiental, não é todo tipo de indústria que pode se instalar ali. Mas a Bitway, por ser indústria de alta tecnologia e não produzir resíduos líquidos, se enquadra nas exigências ambientais. Os executivos da Bitway ainda estão procurando o barracão para instalar aquela que será sua primeira filial produtiva. A assinatura do protocolo de intenções foi na semana passada, e agora a empresa corre contra o tempo para achar um local adequado para a fábrica. Mas não foi descartada a possibilidade de erguer um barracão próprio.
Alívio para a Renault
Nem parece que a Renault do Brasil sentia calafrios no início de 2006, às vésperas do anúncio do plano de metas para os quatro anos seguintes. Temia-se que a fábrica da montadora, instalada em São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba), fosse fechada ou demitisse boa parte dos funcionários. Mas o presidente mundial da empresa, o brasileiro Carlos Ghosn, optou por apostar no país natal. Por enquanto, a escolha deu certo: de janeiro a maio deste ano, a Renault do Brasil vendeu quase 26 mil veículos. O crescimento em relação ao ano passado, de quase 34%, superou a média do setor, que avançou 24% no período o melhor de toda a história da indústria automobilística do país. Vale lembrar que a participação da montadora no mercado nacional, de 3,1%, ainda está muito longe da meta para 2009, de 6%. Mas o lançamento do sedã Logan, marcado para esta semana, no Rio de Janeiro, pode dar combustível extra para as pretensões da empresa.
Até exportação cresceu
O que mais impressiona é o desempenho da Renault no mercado internacional. Em meio à choradeira geral pela desvalorização do dólar, que reduz a competitividade dos carros brasileiros lá fora, a montadora conseguiu elevar em 32% suas exportações neste ano, embarcando 8,2 mil veículos. É fato que a Renault nunca foi grande exportadora, pois responde por apenas 2,8% das vendas externas das montadoras do país. Mas, perto da queda média de 11,4% sofrida pelo setor no front externo, não tem do que reclamar. O bom desempenho no Brasil e lá fora tem diminuído a histórica ociosidade da fábrica paranaense, que tem capacidade para mais de 200 mil veículos por ano. A previsão da empresa é fabricar 112 mil unidades em 2007, com crescimento de 64% sobre o ano passado.
"Impostômetro" faz sucesso...
Quando criou o "Impostômetro" (www.impostometro.org.br), calculadora que mostra em tempo real os bilionários tributos pagos por empresas e cidadãos brasileiros, o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) não teve maiores dificuldades em arranjar um patrocinador para a idéia afinal, quem se conforma em ver o equivalente a 35% do PIB parar na mão do governo e ser mal aplicado? A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) bancou o projeto, e hoje o mostrador pode ser conferido em lugares como o site da fachada da Associação Comercial do Paraná (ACP) hora dessas, o painel de 12 dígitos deve estar chegando perto da casa dos R$ 400 bilhões.
...mas "Corruptômetro" não tem patrocinador
Mas uma outra calculadora idealizada pelo IBPT, que tem sede em Curitiba, parece não estar fazendo o mesmo sucesso entre a iniciativa privada. O projeto é planejado há pelo menos um ano e, até agora, nenhuma empresa ou entidade se ofereceu para bancá-lo. Em tempos de Operação Navalha, Xeque-Mate e afins, aparentemente nenhum empresário quer se arriscar a vincular seu nome à crítica contra o desvio do dinheiro público. Segundo o próprio IBPT, somente em 2006 cerca de R$ 260 bilhões ou 32% da arrecadação de União, estados e municípios foram parar na mão de políticos corruptos, foram mal-aplicados ou engordaram esquemas de superfaturamento. Se a mesma proporção estiver se repetindo neste ano, quase R$ 130 bilhões já foram para o ralo. Alguém paga para ver?



