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A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) propôs, em relatório à comissão mista do Congresso que avalia a Medida Provisória 675, a elevação da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das instituições financeiras de 15% para 23%.

A apresentação do relatório da senadora, porém, foi adiada para a próxima terça-feira, depois que a sessão marcada para a tarde desta quarta-feira (12) não teve quórum. A discussão do texto começará no dia seguinte à apresentação do parecer.

No documento, a senadora afirma que a elevação das alíquotas da CSLL já foi utilizada como um dos mecanismos para fazer o ajuste fiscal e “ajudar o país a superar crises financeiras”, citando que entre junho de 1994 e dezembro de 1996 a alíquota chegou ao seu patamar mais alto de 30%.

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“Não há dúvida de que a receita tributária a ser auferida com a elevação da alíquota da CSLL é relevante para o ajuste fiscal, o qual, por sua vez, é imprescindível para recompor o equilíbrio financeiro da União e para propiciar a retomada do crescimento econômico”, afirma o texto.

“Muitos congressistas sugerem que o setor financeiro amplie a sua participação. A Selic em altos patamares, como agora, gera intensificação de transferência de renda aos rentistas e investidores no mercado financeiro, beneficiando, direta e indiretamente, as instituições financeiras”, afirma o relatório.

Segundo o parecer, a elevação da alíquota para 23% não inclui cooperativas de crédito, para quem a proposta da senadora é de aumento para 17%.

JCP e bebidas

O relatório da senadora acolhe parcialmente emenda do senador Walter Pinheiro (PT-BA) que propõe que o benefício fiscal do mecanismo de juros sobre capital próprio (JCP), usado para remunerar acionistas, seja eliminado de forma gradual até dezembro de 2017.

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“Entendemos que se trata também de uma medida de justiça tributária, permitindo que as camadas com maior renda na sociedade possam contribuir de forma mais adequada para o ajuste fiscal”, afirma Gleisi no parecer.

Além disso, a senadora aceitou parcialmente emendas dos deputados Jorginho Mello (PR-SC) e Weliton Prado (PT-MG) que pedem redução do crédito presumido do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para empresas envasadoras de bebidas instaladas na Zona Franca de Manaus.

“Entendemos que o segmento de refrigerantes que utiliza concentrado fabricado na ZFM pode e deve dar sua contribuição ao ajuste fiscal, assim como já deram trabalhadores, aposentados e tantos outros segmentos da sociedade. “Com isso, a proposta envolve redução da alíquota de 20% para 17%, o que propiciará um aumento de arrecadação, em 2016, de cerca de R$ 300 milhões.

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