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O presidente da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) reiterou, nesta sexta-feira, que a ordem do governo para racionar eletricidade para impedir um apagão não afetou a produção petrolífera do país. Segundo ele, a maior parte das instalações de extração de petróleo usa plantas de energia que não ficam sob o controle nacional.

"Nós não tivemos qualquer efeito na produção, nem para melhorar a atividade ou o refino", disse o presidente da PDVSA, Rafael Ramírez, segundo comunicado da empresa. "A maioria das áreas operacionais gera sua própria eletricidade.

Ainda assim, o presidente Hugo Chávez indicou mais tarde na sexta-feira que em muitos casos a PDVSA e companhias privadas estão na verdade usando eletricidade do sistema nacional. Para Chávez, isso precisa mudar. "A PDVSA precisa construir suas próprias plantas", afirmou.

Um país rico em petróleo, a Venezuela enfrenta uma crise de fornecimento de energia, por causa de uma seca e do aumento na demanda por eletricidade. Os níveis da principal represa do país a Guri, parte de um complexo hidrelétrico, caíram para níveis críticos, levando o país ao risco de um colapso. Esse complexo fornece 73% da eletricidade do país.

Para conter o problema, o governo ordenou blecautes de 4 horas em zonas por todo o país, a cada dois dias. Nesta semana, porém, o presidente cancelou "indefinidamente" os blecautes na capital, Caracas, dizendo que o governo cometeu erros graves na implementação dessas restrições.

Chávez disse na sexta-feira que a produção de petróleo na Venezuela caiu em 40 mil barris por dia no último ano. Ele não deu dados exatos sobre a produção diária, mas funcionários anteriormente haviam falado em cerca de 3 milhões de barris por dia. Chávez disse que essa queda ocorreu em grande parte pela decisão da Venezuela e de outros países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de cortarem a produção, por causa da redução da demanda causada pela crise global.

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