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O desempenho da pecuária no ano de 2007 foi marcado por preços recorde das carnes e do leite, escassez de oferta de bovinos para abate e aumentos dos preços dos insumos (milho e fertilizantes), com elevação dos custos dos produtores no segundo semestre, segundo observou o gerente de pecuária do IBGE, Octávio Costa de Oliveira.

Ele explicou que a queda de 3% no efetivo brasileiro de bovinos no ano passado, ante o ano anterior, já é o segundo recuo anual consecutivo (em 2006, houve queda de 0,6% ante 2005) e reflete o aumento do abate de matrizes no País a partir de 2003. Segundo ele, o ano de 2003 foi de baixo crescimento da economia e da demanda e os produtores, em dificuldades financeiras, aceleraram os abates de matrizes. Como a reposição desses animais ocorre de forma lenta, o rebanho prossegue em queda.

O gerente explicou também que a redução de 5% no efetivo de bovinos na Amazônia Legal não está relacionada a questões ambientais, mas sim ao fato de que essa é uma região cuja produção pecuária está mais voltada para o mercado e, por isso, foi mais forte, ali, o crescimento do abate de matrizes. Além disso, segundo ele, pode ter ocorrido uma reavaliação de cadastro na região.

Os municípios da Amazônia Legal (que inclui não apenas a área da floresta amazônica, mas também parte do Cerrado e do Pantanal) aumentaram a participação no efetivo bovino total do País de 24% em 1997 para 36% em 2006. No ano passado, a fatia recuou para 35%.

Costa de Oliveira destacou que o rebanho bovino brasileiro é o maior do mundo, com 199,75 milhões de cabeças, a frente da Índia (177,8 milhões de cabeças) e da China (116,86 milhões de cabeças).

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