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Escândalo INSS

Pedidos de reembolso ao INSS por descontos indevidos somam 1,5 milhão

INSS
Esquema bilionário de fraude no INSS levantou suspeitas de descontos associativos irregulares também nos regimes locais de previdência. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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O número de pedidos de reembolso por descontos indevidos em benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) chegou a quase 1,5 milhão neste sábado (17). Os dados foram divulgados em balanço oficial do próprio instituto e somam os últimos quatro dias. Só nas últimas 24 horas, cerca de 122 mil beneficiários que tiveram descontos não autorizados em seus salários entraram com pedidos de ressarcimento.

Segundo o levantamento, 1.467.933 pessoas já solicitaram o reembolso de valores descontados sem autorização em aposentadorias e pensões. Na sexta-feira (16), o número era de 1.345.817. A consulta foi aberta há quatro dias e permite que beneficiários verifiquem se houve cobranças indevidas por parte de entidades associativas. Confira dos dados.

  • Pessoas que entraram em contato – 1.494.956;
  • Disseram não autorizar e solicitaram o reembolso – 1.467.933;
  • Disseram autorizar os descontos – 27.023;
  • Quantos falaram pelo canal Meu INSS – 1.374.810;
  • Quantos falaram pelo telefone 135 – 120.146.

Até o momento, 41 entidades foram contestadas. Do total de pessoas que realizaram a verificação, apenas 27 mil autorizaram os descontos, o que representa menos de 2% dos casos.

A Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal investigam o esquema, que pode ter desviado cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. O governo ainda trabalha para distinguir os descontos regulares dos irregulares realizados nesse período.

O escândalo resultou na demissão do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que havia sido afastado do cargo por decisão judicial. Stefanutto nega qualquer envolvimento em irregularidades e afirma ter seguido orientações do Tribunal de Contas da União (TCU). A crise também pressionou o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, responsável pela indicação de Stefanutto, que pediu exoneração no início deste mês.

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