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Indicadores

Pedidos locais diminuem e receita da indústria cai 0,7% no Paraná

Exportações e vendas para outros estados tiveram leve alta. Mas a queda de 6,6% nas entregas para clientes paranaenses puxou para baixo o faturamento do setor no 1º trimestre

A receita dos fabricantes de material eletrônico e de comunicações subiu 34,4% no 1º trimestre | Hugo Harada/ Gazeta do Povo
A receita dos fabricantes de material eletrônico e de comunicações subiu 34,4% no 1º trimestre (Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo)

Depois de começar o ano em ritmo fraco, o faturamento da indústria paranaense melhorou em março. As vendas aumentaram 4% em relação a fevereiro e 5,9% na comparação com março de 2011. Ainda assim, o resultado foi considerado "abaixo das expectativas" pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), para quem este primeiro semestre será ligeiramente pior que o do ano passado.

De acordo com o relatório Indicadores Conjunturais, divulgado ontem, no acumulado dos três primeiros meses de 2012 a indústria faturou 0,7% menos que no mesmo período de 2011. Essa retração foi provocada pelo mau desempenho das vendas para clientes paranaenses, que baixaram 6,6%, ao passo que as vendas para outros estados e as exportações aumentaram 0,8% e 2,4%, respectivamente. As características da demanda atual são bem diferentes das observadas em 2011, quando o forte crescimento das vendas para empresas do Paraná compensou a demanda mais fraca dos clientes estrangeiros e de outros estados.

Perspectivas

Os resultados do primeiro trimestre sugerem, segundo a Fiep, um "comprometimento do ritmo de crescimento das vendas registradas em 2011", uma vez que em igual perío­do do ano passado a receita industrial havia aumentado 10,1%. A entidade espera "que o primeiro semestre deva continuar neste ritmo, resultando também numa performance pouco inferior à do primeiro semestre de 2011".

Os economistas da Fiep con­­sideram que ainda é preciso esperar para conhecer os efeitos das medidas de estímulo adotadas pelo governo federal nos últimos meses, entre elas os cortes na taxa básica de juros (Selic), a redução de tributos para al­­guns segmentos da indústria e as restrições à entrada de importados.

O relatório destaca que, se por um lado as ações do governo tendem a ajudar a indústria, por outro o setor pode ser prejudicado pela quebra da safra agrícola, "que influencia na renda gerada em todo o interior do estado e desborda efeitos circulares sobre toda a atividade econômica paranaense".

Altos e baixos

Embora o faturamento total da indústria paranaense tenha diminuído no primeiro trimestre, a maioria dos segmentos viu suas receitas crescerem no período: de 18 atividades monitoradas, dez venderam mais que no começo de 2011.

Entre os que cresceram, destaque para material eletrônico e de comunicações, cujo faturamento saltou 34,4%; madeira, com alta de 20%; e máquinas e equipamentos (17,8%). Os piores resultados foram os de móveis e indústrias diversas, com retração de 22,8%; metalurgia básica (-19,5%); e edição e impressão (-14,3%).

O faturamento dos fabricantes de alimentos e veículos caiu menos – cerca de 6% em ambos os casos. Mas, como esses dois ramos estão entre os mais relevantes do estado, seus desempenhos puxaram para baixo a média geral.

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