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A compra da Leão Júnior, dona da marca de chás Matte Leão, pela Coca-Cola está sendo questionada na Secretaria de Direito Econômico(SDE), do Ministério da Justiça. Segundo reportagem da Agência Estado, a Pepsi pediu mais informações sobre as análises de mercado necessárias para a operação.

"Como competidor, quero entender como foram feitas as análises de mercado envolvidas nesse processo", disse à agência o vice-presidente jurídico da Pepsi para o Brasil e América Latina, José Talarico. Para ele, a compra poderá gerar "alta concentração de mercado", o que seria "péssimo para o consumidor, que poderá vir a ser prejudicado por preços maiores no futuro, devido à falta de concorrência".

A Coca passará a ter uma participação de 70% do mercado de chás prontos se aprovada a compra da Leão Jr. A Pepsi é a segunda colocada nesse mercado, com 24,7%. E empresa comercializa a marca Lipton, da Unilever.

Procurada pelo site de notícias G1, a Coca-Cola não quis se manifestar sobre o assunto.

Negócio

A compra da centenária empresa paranaense foi anunciada no dia 21. A aquisição envolve, além das marcas, as três unidades de produção localizadas em Curitiba e Fernandes Pinheiro, no Paraná, e no Rio de Janeiro. O valor do negócio não foi divulgado pelas empresas envolvidas. A aquisição ainda depende da aprovação do Conselho de Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão responsável por avaliar se a união dos dois negócios representa ameaça à justa concorrência no mercado de refrigerantes e chás.

Fundada em 1901, a Leão Júnior tem sede em Curitiba e fabrica chás para infusão e também produtos prontos para consumo. Em 2006, a empresa faturou quase R$ 160 milhões, com aumento de 18% sobre o ano anterior. De acordo com a Coca-Cola, a diretoria da Leão Júnior será mantida nos cargos.

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