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Após brigas na Justiça e meses de negociação chegaram ao final as negociações entre a Petrobras e a Odebrecht, controladora da Braskem, para a compra dos ativos da Quattor, criando a maior petroquímica da América Latina com objetivo de disputar o mercado internacional.

Com faturamento de 7,4 bilhões de reais em 2008, a Quattor passará a ser dividida entre Odebrecht e Petrobras na proporção de 51/49 por cento, segundo uma fonte envolvida no negócio e que informou estar "costurando os últimos detalhes" no meio da manhã desta sexta-feira.

Segundo a fonte, o valor da negociação para que a Braskem entre na Quattor no lugar do atual controlador, grupo Unipar, envolverá o pagamento de cerca de 800 milhões de reais. "Pode ser que fique um pouco abaixo disso, ainda estamos acertando", disse a fonte que garantiu para esta sexta-feira o anúncio do negócio, em São Paulo.

A Braskem convidou analistas e investidores para reunião em São Paulo a partir das 12h desta sexta-feira. A empresa não informou o assunto. Representantes da Braskem não estavam disponíveis para comentar o assunto imediatamente.

Após o fechamento do negócio, a Quattor será incorporada pela Braskem e esta, por sua vez, deverá participar como sócia da Petrobras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, que transformará o pesado petróleo da bacia de Campos em produtos petroquímicos.

A Quattor tem centrais petroquímicas em São Paulo (PQU) e no Estado do Rio de Janeiro (RioPol), que passarão para a Braskem, empresa que já controla centrais petroquímicas em Camaçari, na Bahia, e em Triunfo no Rio Grande do Sul.

De acordo com o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em entrevista esta semana, a Petrobras confia que não haverá problema de concentração de mercado na operação, que ainda precisa ser aprovada pelo Conselho de Administrativo de Defesa Econômica.

Ele lembrou que na época que o Cade julgou a criação da Quattor, avaliou que o mercado petroquímico é global, e portanto não haveria problemas para o mercado interno.

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