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A paulistana Suzano Petroquímica estuda construir em Araucária, na região metropolitana de Curitiba, uma fábrica de polipropileno – resina beneficiada com o gás propeno, extraído do petróleo, e matéria-prima para acessórios automotivos, embalagens, fraldas e utilidades domésticas. A unidade custaria US$ 200 milhões, produziria 200 mil toneladas do produto ao ano e geraria 200 empregos diretos e indiretos. Mas a decisão depende da ampliação do investimento da Petrobrás na unidade de gás propeno na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), que fica pronta em 2009, num investimento de US$ 120 milhões.

No início do mês, a Petrobrás fechou acordo para vender toda a produção para a Suzano: 180 mil toneladas/ano. Para o analista da corretora Ágora, Luiz Otávio Broad, a quantidade não é suficiente para a abertura de uma planta beneficiadora. "Um abastecimento de menos de 300 mil toneladas/ano a inviabiliza economicamente", diz.

A indústria paranaense de plásticos espera que a ampliação seja possível, pois a proximidade de um fornecedor faria o faturamento crescer cerca de 5% pela facilidade logística. Hoje o insumo é trazido de outros estados em grão, por via rodoviária. Além da Suzano, a Braskem e a Ipiranga Petroquímica fornecem o produto. "O grande sonho do empresariado é que a cadeia do plástico possa se completar no Paraná", diz o presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico no estado, Dirceu Galléas, que representa uma centena de empresários e considera que a Suzano tem 90% de chance de se instalar no Paraná.

O governo estadual também estaria tentando promover o beneficiamento do propeno no estado, de acordo com a Secretaria da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul. Pela análise do governo, se a Repar aumentasse sua produção de propeno de 180 mil toneladas/ano para 300 mil toneladas/ano, a arrecadação de ICMS saltaria de R$ 8 milhões para R$ 20 milhões ao ano.

O co-presidente da Suzano Petroquímica, João Pinheiro Nogueira Batista, declarou há alguns dias que a unidade paranaense é uma ambição da empresa, mas que "para sair do papel o projeto ainda depende da evolução da demanda por polipropileno e do crescimento industrial do Brasil".

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