O PIB do primeiro trimestre teve um crescimento de 1% em relação ao último trimestre de 2021, apontam dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta quinta (2). O desempenho é reflexo da reabertura econômica, da recuperação sólida do emprego, do avanço da renda disponível das famílias e do salto nos preços das commodities.
O resultado é inferior ao que o registrado no primeiro trimestre do ano passado, quando a economia brasileira cresceu 1,2%
O PIB no primeiro trimestre ficou um pouco abaixo das expectativas do mercado financeiro, que esperava uma alta de 1,2% e acima das projeções da Secretaria de Política Econômica, que sinalizava para uma alta de 0,8%.
Houve queda na agropecuária (-0,9%), estabilidade na indústria (0,1%) e elevação dos Serviços (1,0%).
Frente ao mesmo trimestre de 2021, o PIB apresentou crescimento de 1,7%. No acumulado nos quatro trimestres, terminados em março de 2022, o PIB cresceu 4,7%, comparado aos quatro trimestres imediatamente anteriores.
Com esse resultado, o PIB está 1,6% acima do patamar do quatro trimestre de 2019, período pré-pandemia, e 1,7% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica do país, registrado no primeiro trimestre de 2014. O nível está próximo do registrado no primeiro trimestre de 2015.
Serviços em alta ajudam PIB
O crescimento da economia foi puxado pela alta nos serviços (1,0%), que representam 70% do PIB do país. “Dentro dos serviços, o maior crescimento foi de outros serviços, que tiveram alta de 2,2%, no trimestre, e comportam muitas atividades dos serviços prestados às famílias, como alojamento e alimentação. Muitas dessas atividades são presenciais e tiveram demanda reprimida durante a pandemia”, explica a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
Ainda dentro dos serviços, houve crescimento de 2,1% em Transporte, armazenagem e correio. “Houve aumento do transporte de cargas, relacionado ao aumento do e-commerce no país nesse período, e do de passageiros, principalmente pelo aumento das viagens aéreas, outra demanda represada na pandemia”, avalia a pesquisadora.
Agricultura impactada negativamente
O PIB da agricultura teve um recuo de 0,9%. A queda deveu-se aos problemas climáticos no Sul do Brasil, que ocasionou a diminuição nas expectativas da produção de soja. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta uma queda de 10,4% na safra da oleaginosa neste ano.
PIB industrial fecha estável
Segundo o IBGE, na indústria, houve estabilidade. O maior avanço veio de eletricidade, gás, água, esgoto e gestão de resíduos (6,6%).
A única queda foi nas indústrias extrativas, que encolheu 3,4% frente ao último trimestre do ano passado. A produção de ferro caiu bastante, explica a pesquisadora. Para compensar, a indústria de transformação - que tem grande peso no grupo - teve uma alta de 1,4%.
Consumo em alta, investimentos em baixa
O consumo das famílias teve uma alta de 0,7% no primeiro trimestre. A explicação do IBGE para a alta é a maior demanda relacionada aos serviços, principalmente aqueles que são feitos de forma presencial, como atividades ligadas a viagens e restaurantes.
Os investimentos no setor produtivo, que são medidos pela formação bruta de capital fixo, tiveram uma queda de 3,5%. Ela foi impactada pela redução nas importações de bens de capital. A taxa de investimento fechou em 18,7%, abaixo da registrada no mesmo período do ano passado (19,7%).
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