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O resultado negativo do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2015 foi impactado diretamente pela crise hídrica e energética no país. De acordo com a coordenadora de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rebeca Palis, a redução no consumo de água e o maior uso de térmicas foram os principais itens responsáveis pela retração na economia.

“No viés negativo, a distribuição, produção de eletricidade e água, em função da redução no consumo de água e pelo maior uso das térmicas, e isso afeta o valor agregado da atividade”, informou a coordenadora.

Contribuiu para reduzir o impacto das quedas uma melhora nos setores de agropecuária, principalmente influenciada pela safra de soja. “É uma safra relevante para o primeiro trimestre, além de apresentar expectativa boa para esse ano além de ganho de produtividade”, reforçou Rebeca.

A agropecuária pesa 5,6% sobre o cálculo do PIB, segundo o IBGE. Além do setor, também contribuíram positivamente para o resultado, amenizando os efeitos da retração do setor de energia, foi o setor extrativo mineral e os Serviços de Informação, relativos à área de telecomunicações e de serviços de internet.

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Indústria

Ainda de acordo com a coordenadora do IBGE, a queda no consumo da indústria foi a principal responsável pela forte retração no segmento de produção e distribuição de energia elétrica no país. O segmento, que envolve também o consumo de água e gás, registrou queda de 4,3% no primeiro trimestre de 2015, em relação ao quarto trimestre do ano anterior.

“O que mais pesa é eletricidade. O uso mais intensivo da energia mais cara, por conta da geração com térmicas, provocou uma queda do consumo total. Mas o que mais puxou para baixo foi a indústria. O consumo das famílias teve crescimento, pouco mas teve”, afirmou Rebeca.

Segundo o IBGE, a produção e distribuição de eletricidade, gás e água registrou queda de 12,0% no primeiro trimestre de 2015 ante igual período de 2014. Trata-se do recuo mais intenso, nesta base de comparação, desde o último trimestre de 2001, quando a queda foi de 15,8%.

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