
Quando o assunto é tevê, são três os tipos de tela mais recentes disponíveis no mercado: a tevê de plasma, de LCD convencional e a LCD de LED (chamada também de tevê de LED), que começou a chegar às lojas há coisa de um ano. Economia de energia, melhor qualidade de imagem e preço são os principais pontos que precisam ser considerados na hora de optar por uma delas.Na questão técnica, o que diferencia uma da outra é a iluminação que forma a imagem. Segundo o porta-voz técnico da Philips, Marcelo Natali, na tela de plasma não há uma lâmpada que gera a iluminação. Ao conectar-se à energia, acontece uma reação física que gera a luz para produzir uma imagem ponto a ponto. "É como se a tela fosse bombardeada por fósforos", diz. Nas telas de LCD convencionais, chamadas CCFL (Code Cathode Fluorescent Light), lâmpadas fluorescentes finas (com a espessura de uma caneta) iluminam o painel traseiro. Na LCD de LED, são usados componentes LED (Light Emitting Diodes), um tipo de lâmpada menor e mais econômica.Vantagens e desvantagens
De acordo o doutor em engenharia elétrica e professor da Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR), Alexandre Pohl, as três tecnologias possuem uma qualidade de imagem equivalente para quem está sentado em frente à tela. Uma desvantagem do plasma é que, com o tempo, ela pode sofrer o efeito "burn-in". "A tela pode sofrer um apagamento de alguns pontos e não acender mais, o que deixa o monitor marcado e a imagem menos intensa", diz Natali. Para Pohl, uma boa diferenciação entre as tecnologias é o consumo de energia. "A plasma consome mais, depois vem a LCD e em terceiro a LED". Natali explica que a proporção de consumo é o dobro para a tela de plasma comparada à LCD. "A de LED consome a metade do que a CCFL".
Existem dois tipos de iluminação por LED, a direta (Full LED) e a indireta (Edge LED). No caso da Full LED, a imagem é mais uniforme. "Com a iluminação de todos os pontos da imagem, ela se torna mais sólida e linear e o controle da luminosidade é mais efetivo, o que dá mais contraste e diferenciação entre os tons escuros e claros", diz Natali. No caso da Edge LED, a desvantagem é que o centro da imagem é um pouco mais escuro do que as bordas. Ambas são mais brilhantes e têm mais contraste do que a CCFL e possuem uma excelente reprodução de cores, segundo Pohl. As telas de LCD não refletem luzes externas, assim pode ficar na sala com uma janela aberta atrás sem interferir na imagem, o que acontece com a de plasma.
A diferença maior entre a LCD CCFL e a de LED é o custo. Segundo Natali, a CCFL possui menos recursos e é destinada a um público mais básico, que não se interessa tanto por tecnologia. É mais indicada para quem quer aposentar a antiga tevê de tubo. Elas custam por volta de R$ 2.600. A opção de Full LED custa em média 20% a mais o consumo de energia, de acordo com Natali, compensa o preço mais alto. O contraste dela também é melhor do que a CCFL. As de Edge LED são geralmente as mais finas, e por isso seu preço sobe em torno de 50%.
Oled e Amoled
As promissoras tecnologias Oled (Organic Light-Emitting Diode) e Amoled (Active Matrix Oled) já são encontradas no mercado em pequenas telas, como celulares, câmeras digitais e smartphones. Por causa do alto custo, ainda deve demorar para aparecerem na tela da tevê.
Segundo Alexandre Pohl, elas são baseadas em diodos emissores de luz fabricados com materiais orgânicos, diminuindo ainda mais o consumo de energia cerca de 40%. Elas trarão telas ainda mais finas e mais sofisticadas. "O grande problema em relação ao Oled e ao Amoled é o tempo de vida das telas. Elas chegam, em média, a 14 mil horas, enquanto a LCD chega a 60 mil horas ou mais", observa. A resolução será oito vezes maior do que a LCD, segundo Natali. "Quem sabe na Copa de 2014 possamos ter tevês com essa tecnologia."






