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Apesar da pequena desaceleração em junho, a alta dos preços dos alimentos pesou mais no orçamento das famílias de menor renda. O Índice Geral de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para inflação dos lares com renda de 1 a 8 salários mínimos, subiu 0,26% no mês passado, abaixo dos 0,08% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), cuja abrangência é maior (1 a 40 salários).

Os dois índices são calculados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram divulgados nesta sexta-feira (6).

O grupo alimentação registrou alta de 0,68% junho, em leve desaceleração frente a junho (0,73%). Acontece que esses produtos têm impacto maior no bolso das famílias de renda menor: o peso no INPC é de 28,37%, enquanto no IPCA se situa em 23,19%.

Em junho, as principais altas de alimentos vieram de itens como batata (17,67%), tomate (11,45%), pão francês (0,944%), arroz (1,01%), óleo de soja (2,92%), entre outros. O feijão carioca caiu 3,07%, mas ainda acumula forte alta de 53,51% no ano.

Segundo Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE, os aumentos são resultado de problemas climáticos que afetam a safra de importantes produtos, como soja, arroz e feijão.

Ela ainda diz que se pode notar o início do impacto da alta do dólar, com a alta do pão por conta do aumento do trigo.O menor ritmo de alta da inflação em junho (em maio, o IPCA havia sido de 0,36%) se deveu especialmente à deflação do grupo transportes, influenciada pela queda de automóveis novos (-6,70%) razão da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Como esses bens têm elevado valor, diz Eulina Nunes, seu peso é grande no IPCA (-10,08%), mas representa uma fatia menor no INPC (6,26%). Ou seja, a redução dos preços dos veículos ajudaram menos a reduzir a inflação das famílias renda mais baixa.

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