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| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O Magazine Luiza é uma das sete empresas no mundo capazes de sobreviver ao chamado “Apocalipse do Varejo”, de acordo com um relatório do Credit Suisse publicado em junho pelo site Business Insider . Além da companhia brasileira, estão na lista a Zalando, da Alemanha, a JD.com, da China, a Home Product Center, na India, a Burlington Stores, nos EUA, a Asos, na Inglaterra e a Dufry, na Suíça. Agora, uma nova análise do BTG destrincha um dos motivos desta blindagem: a logística Omnichannel.

Já é de conhecimento do mercado o enfoque do Magazine em estratégias fluidas entre o digital e o físico. Para entender a logística por trás dessa estratégia, os analistas Fábio Monteiro e Luiz Guanais conversaram com o diretor desta área em específico, Décio Sonohara, dentro do principal centro de distribuição (CD) da companhia, na cidade paulista de Louveira. Assim como Fatala, Sonohara tem experiência em tecnologia pré-Magazine. Isso já demonstra a importância dada pela empresa à adaptação digital em todas as áreas.  

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Varejo digital e físico são comandados conjuntamente no CD de 100 mil metros quadrados. A plataforma omnichannel “permite à empresa manter a qualidade do serviço fornecido aos clientes em todos os canais e, assim, criar uma ponta competitiva para ter sucesso neste mercado”, escrevem os analistas. Graças à integração completa, a opção de comprar online e buscar na loja também é otimizada.

Eles observam com otimismo a forma como a empresa lida com o crescimento do marketplace, que inclui as opções de armazenamento completo ou entrega cruzada, passando por um dos CDs.

Com 11 centros de distribuição no total, a Malha Luiza (sistema próprio de logística da empresa) custa entre 25% e 30% menos que as maiores empresas de entrega. Ter um sistema próprio também facilita a rapidez: 98% das entregas na Grande São Paulo são realizadas em menos de 2 dias – algo que a empresa pretende expandir nos próximos anos.

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Para os próximos anos, a empresa tem intenção de melhorar a inteligência artificial para prever a demanda dos clientes, além de mover mais rapidamente os produtos entre CDs e reduzir o tempo de compra.

“Mais importante, todo o processo de logística tem integração das operações online e off-line. A MGLU está focada também em melhorar processos em suas operações, aplicando conceitos como [a filosofia] Kaizen para ajudar a promover e sustentar a cultura digital entre os funcionários”, nota o relatório. A filosofia Kaizen consiste em diversos ensinamentos voltados à redução de custo e aumento de produtividade. Entre as bases deste pensamento estão o trabalho coletivo, a valorização do ser humano dentro da empresa e a busca por metas coletivas sem deixar de atender a necessidades pessoais.

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