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Porto passou a auxiliar Paranaguá no desembarque de cargas em 2011 | Divulgação/APPA
Porto passou a auxiliar Paranaguá no desembarque de cargas em 2011| Foto: Divulgação/APPA

US$ 13,2 milhões É o valor que o mercado de fertilizantes economizou com o aumento da movimentação do Porto de Antonina, que serve como berço auxiliar para descarregar o produto. O valor médio da multa por demora na operação de carga e descarga – a chamada demurrage – pode chegar a R$ 30 mil por dia.

Influência

ISS de Antonina mais que dobrou com retomada do Porto

O aumento da produtividade do Porto de Antonina trouxe também mais dinheiro para os cofres públicos da cidade. Em 2011, com a retomada do porto, o município arrecadou R$ 661,9 mil em impostos (ISS) com o empreendimento. Em 2013, o valor aumentou consideravelmente e chegou a R$ 1,5 milhão. De acordo com o secretário de Finanças do município, Rafael Neves Alves,além do ISS , o aumento da movimentação do porto incrementa outras atividades , principalmente as de serviços que estão indiretamente ligadas aos trabalhos portuários.

Trabalho

O crescimento de Ponta do Felix também é comemorado pelos trabalhadores portuários avulsos, que têm serviço garantido todos os dias. "Quando o porto fracassou, nossas vidas ficaram muito difíceis porque muitos de nós começamos a fazer bicos em outros serviços para poder sustentas as nossas famílias e faltava serviço na cidade. Hoje temos 400 trabalhadores entre estivadores, arrumadores e vigias portuários trabalhando a todo vapor, graças ao fertilizante", disse Genei Alves Cardoso, presidente do Sindicato dos Arrumadores de Antonina.

Em uma cidade de 22 mil habitantes, o impacto do porto ativo é enorme e reflete diretamente no comércio da cidade. Comerciantes de Antonina afirmam que há um considerável aumento de consumo nos estabelecimentos, principalmente aqueles ligados a gêneros alimentícios e vestuário.

O Porto de Antonina deve bater seu recorde histórico de movimentação de cargas em 2014. As operações no terminal privado de Ponta do Felix atingiram a marca de um milhão de toneladas movimentadas no primeiro semestre deste ano, valor 30% maior em relação ao mesmo período do ano passado. O porto privado, que estava patinando desde 2006, teve uma retomada em sua movimentação de cargas em 2011, quando Antonina começou a servir como berço auxiliar na descarga de fertilizantes do Porto de Paranaguá.

INFOGRÁFICO: Veja dados sobre o total embarcado no Porto de Antonina

A nova alternativa, além de aumentar a movimentação em Ponta do Felix, diminuiu a fila de navios de fertilizantes no Porto de Paranaguá. Estudos realizados pelo Sindiadubos mostram que a demurrage, taxa paga por navios de fertilizantes nos portos por atraso na operação, diminuiu 25% de janeiro a junho de 2014 em comparação ao mesmo período do ano passado, o que equivale a uma economia de U$ 13,2 milhões.

"Na última segunda-feira (7), chegamos a quase 1,015 milhão de toneladas movimentadas. Em um semestre, estamos conseguindo alcançar a movimentação que tínhamos durante todo ano, em 2011, por exemplo. Isso mostra que nossos investimentos e as melhorias operacionais implantadas pela Administração dos Portos do Paraná têm dado resultado", afirma o diretor do Porto de Antonina, Luis Carlos Souza.

Reestruturação

A adaptação de Ponta do Felix para descarga de fertilizantes, a recente dragagem e uma ordem de serviço da Appa para incentivar navios a atracar em Antonina contribuíram para os bons rendimentos do porto. Segundo o diretor comercial e operacional da Ponta do Félix, Cícero Simião, a empresa tem melhorado a produtividade, o que tem refletido nos contratos fechados. "Os contratos atuais foram incrementados, com clientes mais confiantes principalmente com base nas elevações de calado que ocorreram em nosso canal de acesso, por conta da dragagem, além da aquisição de equipamentos, como novo sistema gerencial e processo para aquisição de novas balanças e novos funis. Enfim, a nossa performance está maior nos aspectos operacional e produtivo", comenta.

Com a dragagem, houve aumento de 30 centímetros no calado no canal de Antonina que agora opera com o limite de 7,80 metros, o que ainda não suporta a carga da maior parte dos navios que chegam. Para otimizar o desembarque, um navio que chega com calado próximo a 10 metros, por exemplo, precisa aliviar em Paranaguá e depois vai até Antonina.

No entanto, muitas embarcações chegam com o volume de cargas limite para operar em Antonina, sem a necessidade de aliviar a carga. Nesta semana, por exemplo, haviam seis navios aguardando para atracar em Antonina. Destes, nenhum precisaria aliviar a carga.

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