Os portos de Paranaguá e Antonina, no Litoral do Paraná, operam normalmente nesta sexta-feira (24), apesar de uma paralisação realizada em alguns terminais do país e divulgada pela Federação Nacional dos Portuários (FNP).
Inicialmente, a FNP havia divulgado que os portos paranaenses e também o de Suape, em Pernambuco, estavam entre os 14 do país com as atividades paralisadas na manhã desta sexta. No entanto, as administrações dos respectivos terminais desmentiram a informação.
No Paraná, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) disse que não houve interrupção dos serviços, pois a manifestação inclui portos de administração federal - o que não é o caso de Paranaguá e Antonina, que são administrados pelo estado. O Sindicato dos Estivadores confirmou que os trabalhos são realizados normalmente nesta sexta.
Em Suape, a administração portuária informou não ter recebido nenhuma informação de funcionários com braços cruzados.
Protesto
Segundo a FNP, a mobilização desta sexta é uma "advertência" ao governo federal para negociar as reivindicações dos trabalhadores. Além da greve parcial desta sexta, das 7h às 13h, os portuários estão programando para o próximo dia 30 uma paralisação de 24 horas, que deve contar com mais adesões, inclusive no Paraná.
Os trabalhadores reivindicam um Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS), a regulamentação das atividades da Guarda Portuária sem terceirização e que o Portus, previdência complementar da categoria, regularize o pagamento a beneficiários.
Conforme a FNP, em novembro a Secretaria de Portos apresentou uma proposta que permite a contratação de segurança privada para vigilância, mas a federação avalia que isso traria riscos aos portuários.
Na Bahia, a paralisação não afeta a operação dos três principais portos do Estado - Salvador, Aratu e Ilhéus - informou a Companhia Docas (Codeba), responsável pela administração dos terminais. De acordo com a estatal, a paralisação abrange apenas funcionários dos setores administrativos dos portos baianos. Os trabalhadores responsáveis pelas operações dos terminais não foram impedidos de entrar nos portos e cumprem as funções normalmente.
