Um estudo divulgado ontem mostra que 70% das mil maiores empresas do país sofreram algum tipo de fraude nos últimos dois anos. A pesquisa "A fraude no Brasil", realizada pela KPMG com base em questionário para as companhias, revela que 29% dos atos de má-fé foram resultados da falsificação de cheques e documentos, 25% do roubo de ativos, 14% de notas fiscais frias e 12% de contas de despesas (viagem, refeição, hospedagem). Além disso, 60% das empresas acreditam que a fraude no Brasil poderá aumentar nos próximos dois anos.
A maior parte das perdas, 77%, é inferior a R$ 1 milhão. O índice diminuiu em relação ao levantamento anterior da KPMG, de 2004, quando o patamar ficou em 83%. Porém, o porcentual de perdas na faixa entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões cresceu para 14%, contra 12%. E em 68% dos casos, não houve qualquer recuperação de valores, índice bem superior aos 49% reportados em 2004.
O levantamento também esboça o perfil típico do fraudador: ele é homem (78%), tem de 26 a 40 anos de idade (65%), recebe um valor mensal entre R$ 1 mil e R$ 3 mil e possui de dois a cinco anos de tempo de serviço na organização.
Para 64% das empresas, a insuficiência de sistemas de controles internos é o principal fator facilitador das fraudes, seguida por particularidades do ramo em que a empresa atua (21%) e a possibilidade de a gerência burlar os controles internos (12%). O estudo conclui que a maioria das organizações é despreparada para combater a fraude e tende a adotar uma abordagem apenas reativa.
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