O Banco do Brasil anunciou nesta segunda-feira lucro líquido de R$ 3,4 bilhões nos nove primeiros meses de 2005, o que representa um crescimento de 51,6% sobre os R$ 2,3 bilhões em igual período do ano anterior. Esse resultado corresponde a retorno sobre patrimônio líquido médio anualizado de 30,5%. No terceiro trimestre, o resultado foi de R$ 1,438 bilhão, o que representa retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado de 40,8%. Comparado ao lucro de R$ 833 milhões no terceiro trimestre de 2004, o crescimento foi de 72,7%. O lucro por ação atingiu R$ 1,80, contra R$ 1,14 no terceiro trimestre de 2004.
O destaque no lucro do BB foi a carteira de crédito consignado, que chegou a R$ 3,3 bilhões e 1,4 milhão de contratos ao final de setembro - crescimento de 174,3% e 191,8% nos últimos 12 meses, respectivamente. Somente no terceiro trimestre, mais R$ 1,1 bilhão foi contratado por meio dessa modalidade. Ao final do período, o BB tinha mais de 12 mil convênios com empregadores públicos e privados para utilização da linha.
Já o volume de crédito aprovado e disponível para utilização pelas micro e pequenas empresas alcançou R$ 20,2 bilhões no fim de setembro. Esse valor é 19,6% superior ao apresentado no mesmo período de 2004. O saldo utilizado por esse segmento chegou a R$ 15 bilhões. Comparados aos R$ 12,6 bilhões no mesmo período de 2004, representa crescimento de 18,7%.Outro destaque do balaço do BB é a base de clientes, que totalizou 22,3 milhões de clientes correntistas no fim do terceiro trimestre, dos quais 20,9 milhões eram pessoas físicas e 1,4 milhão, pessoas jurídicas, um crescimento total de 8,4% em relação ao registrado no mesmo período do ano anterior. O BB possuía 5,8 milhões de clientes poupadores e 2,4 milhões de clientes beneficiários do INSS, todos eles não correntistas.
O índice de cobertura das despesas de pessoal com as receitas de prestação de serviços atingiu a marca de 100,8% no terceiro trimestre de 2005, comparado a 98,4% no mesmo período do ano anterior. Analisando este índice para os nove primeiros meses de 2005, o valor alcançado foi de 103,4%, contra 85,1% no mesmo período de 2004.
Já o índice de eficiência, que mede o percentual das receitas operacionais consumidas pelas despesas administrativas, chegou a 44,9%, contra 52,3% no 3º trimestre de 2004. De janeiro a setembro de 2005, o índice de eficiência foi de 47,5%, comparado a 52,6% nos nove primeiros meses de 2004.No País, a carteira de crédito do banco totalizou R$ 86,1 bilhões, crescimento de 16,5% em relação a setembro de 2004. A carteira consolidada, incluindo operações no exterior, atingiu R$ 94,7 bilhões, crescimento total de 12,5% (setembro de 2004 e setembro deste ano). Em relação ao segundo trimestre de 2005, ao fim do período, a carteira total apresentou queda de 1,5%.
O crédito utilizado pelos clientes pessoa física alcançou saldo de R$ 18,5 bilhões ao final do terceiro trimestre, um crescimento de 15% em doze meses. O crédito direto ao consumidor (CDC), principal produto destinado ao cliente pessoa física, atingiu R$ 11,9 bilhões e 8,5 milhões de contratos.



