O mercado financeiro voltou a registrar números negativos na manhã desta quarta-feira, com as ações em forte realização de lucros e o dólar às voltas com os leilões do Banco Central. A moeda americana encerrou o período em alta de 0,22%, cotada por R$ 2,264 na compra e R$ 2,266 na venda. A Bovespa caía 3,01% às 13 horas, com 30.341 pontos.
- O único fator negativo do cenário interno foi a inflação da Fipe, que deu um salto e preocupou o mercado de ações - disse um operador de uma corretora paulista.
O IPC-Fipe apontou alta de 0,44% em setembro, contra 0,20% em agosto. A "puxada" teve boa contribuição dos combustíveis, que no mês passado sofreram reajuste autorizado pela Petrobras. Outro fator de pressão sobre a Bovespa foi a queda das bolsas americanas, com o temor de aumento de juros naquele país.
No mercado de câmbio, o destaque foi o leilão de compra de dólares feito pelo Banco Central. Ao contrário da véspera, quando adquiriu grande quantidade de recursos, a autoridade monetária comprou poucos dólares nesta quarta, aceitando apenas a proposta do Banco do Brasil. Com isso, o dólar reduziu o ritmo de alta e fechou a manhã na mínima do dia.
- Os jornais amanheceram dizendo que o Banco Central seria mais agressivo nas atuações, o que não é verdade. O BC vem atuando conforme o fluxo de entrada de dólares - disse um profissional de câmbio de um grande banco.
A tensão no mercado internacional também afetou o dólar. Devido aos números mais fortes na economia americana, criou-se o temor de um aperto monetário maior. Com isso, investidores reduzem posições em países emergentes e migram para títulos americanos, por exemplo. Assim, o Global 40 fechou a manhã em baixa de 0,21%, cotado a 121,50% do seu valor de face. O risco-país brasileiro sobe 7 pontos e atinge 360 pontos centesimais.
Entre as ações do Índice Bovespa, as maiores quedas são de Eletropaulo PN (-5,54%) e Gerdau Metalúrgica PN (-5,42%). As altas mais significativas do índice são de Contax ON (+1,97%) e Telesp PN (+0,72%).
