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Novas notícias sobre o cenário político tiveram forte impacto sobre o mercado financeiro na manhã desta sexta-feira. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o período em queda de 1,58% e o dólar tinha alta de 0,21%, cotado a R$ 2,339 na compra e R$ 2,341 na venda.

A notícia de que o publicitário Marcos Valério está disposto a contribuir com as investigações sobre o "mensalão", em troca de proteção da Justiça e redução de eventual pena, gerou uma série de rumores no mercado. Com o temor de que as denúncias de corrupção atingissem o presidente Lula, os investidores trataram de buscar posicionamento defensivo.

- O dólar só não disparou porque houve uma enxurrada de recursos externos entrando no país nesta manhã. Fazia tempo que não víamos movimento tão grande. Além de recursos de exportadores, ingressaram dólares de captações externas e de operações de empresas que estão entrando na bolsa - disse um profissional de um grande banco.

Na máxima do dia, a cotação de venda do dólar chegou a R$ 2,353, com alta de 0,73%. O risco-país encerrou a manhã em alta de 1,51%, aos 403 pontos centesimais.

A situação no mercado de ações é mais delicada. Desde o início da crise política que a Bovespa é o mercado que mais sente volatilidade, principalmente da parte de investidores domésticos. Mas a queda nesta sexta acaba sendo inevitável, já que a bolsa vem de quatro altas consecutivas, com as quais subiu quase 6%.

Entre as 55 ações do Índice Bovespa, as maiores quedas no final da manhã foram de Tractebel ON (-6,07%) e Tim Participações ON (-4,67%). As únicas altas do índice eram de Telesp PN (+0,71%), Embraer PN (+0,56%) e Cemig PN (+0,54%).

Em meio à maior tensão com a cena política, a deflação de 0,37% medida pelo IGP-10 de julho. A deflação veio acima do esperado pelos analistas, o que em tese sugere a necessidade de o Banco Central começar logo a reduzir os juros básicos da economia. No mercado futuro, é dado como improvável que uma queda aconteça neste mês. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), as projeções da taxa Selic operam em alta nos vencimentos mais longos.

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