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Curitiba – Para a pesquisadora Luciana Fernandes Veiga, professora de Ciências Sociais da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o comportamento dos eleitores reflete um fenômeno social.

"Toda propaganda tenta conversar com o receptor. E pode chegar a níveis diferentes de recepção. A propaganda do não atingiu o imaginário social, que é uma camada mais profunda, de idéias formadas durante anos. Este imaginário diz que o estado não funciona, e despertou o medo".

O grupo de Comunicação e Política coordenado por Luciana analisou todas as propagandas do horário eleitoral.

"Já a propaganda do sim aproveitou um cenário de representação, que é um nível menos profundo. Este cenário já estava colocado, com a movimentação social pela paz. Por isso a frente do sim fez uma campanha emocional", acrescenta Luciana.

Para Marcos Araújo, das universidades UnicenP e Tuiuti, o maior problema é o mau uso das informações históricas.

"Um exemplo de equívoco, usado pelo não, foi o de comparar a situação dos judeus, uma minoria perseguida, com a restrição ao porte de armas. Na campanha do sim o pecado é pela idealização, tentando passar uma imagem de que o desarmamento vai acabar com o problema da violência". (ML)

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