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Produtividade

Reunião à tarde tende a ser mais longa

Geralmente, o calendário de reuniões de trabalhadores e executivos é determinado pela agenda de cada um. Quando há uma brecha na programação de todos, marca-se o encontro. No entanto, se a produtividade fosse o único critério para marcar este tipo de compromisso, o ideal seria agendá-los para a manhã. Reuniões que se resolvem em minutos nas primeiras horas do dia costumam se arrastar à tarde.

As decisões mais importantes também são encontradas com maior facilidade no começo do dia em comparação com os encontros da tarde. Para o especialista em administração do tempo e produtividade no trabalho Gilberto Souza, a pesquisa faz sentido. "Se você se reúne pela manhã, se condiciona a ser mais breve, pois ainda há um dia inteiro de trabalho pela frente, com uma série de tarefas a serem realizadas, que não podem ser adiadas", afirma.

Você chega cedo ao trabalho, bate o cartão, senta na sua mesa, liga seu computador. Pronto, agora é a melhor hora de realizar as atividades mais importantes do seu dia. De acordo com uma série de estudos sobre organização do tempo e produtividade no trabalho de pesquisadores das universidades de Liége, na Bélgica, e de Basel, na Suíça, o começo do expediente é o melhor momento para realizar trabalhos que exigem concentração e criatividade.

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Para a maior parte das pessoas, o ideal é reservar o período da tarde para atividades menos exaustivas e, com o passar das horas, desacelerar o ritmo de trabalho. Não chega a ser uma regra, pois cada organismo funciona de uma maneira diferente, mas para a maioria das pessoas, o período da manhã é o mais indicado para as atividades intelectuais mais apuradas de uma jornada de trabalho, em especial das 9 até as 11 horas.

A comparação é bem simples: você começa o dia com a bateria carregada e ela vai acabando com o passar das horas. "Isso é muito claro. Todo mundo nota que começa o dia mais disposto, com mais atenção, do que no final do expediente", afirma o fisiologista especialista em ergonomia do trabalho Rodrigo Simão.

Segundo as pesquisas das universidades belga e suíça, conforme o tempo passa, menor a capacidade de absorver informações novas e de resistir a distrações no trabalho. A explicação é biológica: o corpo humano funciona em um ritmo circadiano, isto é, funciona em ciclos de 24 horas. O avanço do dia afeta na produção de hormônios, atividade cerebral e temperatura do corpo, o que influencia diretamente na produtividade do trabalho.

O problema é que a rotina de boa parte dos trabalhadores não segue esta natureza fisiológica. "Muita gente pensa que o ideal é ‘aquecer os neurônios’ de manhã para, de tarde, começar a trabalhar com mais intensidade. No entanto, a chance é enorme deste trabalhador procrastinar atividades e acabar deixando tarefas para o dia seguinte", completa.

A idade do trabalhador também influencia este ‘relógio de produtividade’. De um modo geral, quanto mais velho, mais cedo é o pico das atividades cognitivas.

Agenda

Para o especialista em administração do tempo e produtividade Gilberto Souza, um bom planejamento é suficiente para melhorar a dinâmica do trabalho. "Se o funcionário fizer um plano de trabalho bem elaborado e organizado todos os dias, ao final do expediente, por duas semanas, ele vai se condicionar a uma nova rotina, mais saudável e produtiva", orienta.

A recomendação, no entanto, é de que esta programação não seja absolutamente rígida. "Não se deve, também, organizar uma programação que deixe o trabalhador bitolado. Procrastinar não é saudável, mas o ambiente deve ser leve e é bom que as relações de trabalho sejam agradáveis", completa.

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