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Referendo

Comerciantes de Curitiba estão divididos

Curitiba – Passado o referendo, os proprietários das lojas de armas de Curitiba estão receosos sobre a repercussão do resultado nas vendas de armas. Alguns acham que a vitória do não irá aumentar o comércio. Outros acreditam que os números continuarão estáveis.

Quando começaram as campanhas sobre o referendo no rádio e na tevê, em julho, a procura pela compra de armas aumentou na maioria dos estados brasileiros.

No Paraná, de acordo com o Sistema Nacional de Armas (Sinarm) da Polícia Federal, em setembro foram registradas 1.602 armas. Em junho, esse número foi de 387. O Sinarm contabiliza os registros feitos para civis, policiais e militares.

O proprietário da Bonanza Armas e Munição, Valcir Alecio Provenzi, acredita que o referendo foi útil para esclarecer a população de que a venda de armas é permitida. "Agora que as pessoas estão sabendo que podem comprar, a venda deve melhorar. Mesmo o processo continuando burocrático."

Emanuel Gomes de Oliveira, proprietário da Búfalo Armas e Coletes, é mais cético em relação à melhora nas vendas. "Neste mês específico, a venda de armas caiu bastante, porque ninguém gostaria de comprar para depois não poder usar. A procura foi grande. Mas a comercialização foi pequena." Ele acredita que a venda de armas para civis vai continuar pequena, por causa dos entraves burocráticos e do alto custo (R$ 300 por arma a cada três anos para manter registro).

Márcio José Trigo, da loja Pau de Fogo, também acha que as vendas vão se manter estáveis. "Muitas pessoas fizeram o pedido de compra, mas agora elas vão analisar se vale a pena comprar. O delegado também precisa analisar o caso, se a pessoa não tem histórico criminal ou excesso de armas, para então a venda ser autorizada. Mas, por questão de prioridade, muitas pessoas deixam de comprar."

Trigo afirma que recebeu muitas ligações ontem querendo esclarecer o que vai acontecer agora.

"O pessoal está me ligando e perguntando: ‘e o porte, vai ficar fácil?’. Não é isso. Está muito fresco ainda para as pessoas a questão da compra de armas. Vai um tempo para normalizar. Aí vamos ver se vai vender mais ou não. Posso me surpreender."

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