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O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse na noite desta sexta-feira que o governo está seguro e que a economia não tem sido e não será afetada pela crise política. Segundo o ministro, o país tem uma maturidade que permite que os indicadores econômicos tenham condições de melhorar mesmo diante de um quadro de turbulência política. Ele afirmou ainda que a crise política tem que ser resolvida no campo político.

O ministro participou de uma reunião com grandes empresários na qual estava presente também o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan.

Apesar de os empresários terem dito após a reunião que o presidente procurou tranqüilizá-los em relação à situação política, Palocci negou que o evento tenha sido realizado para tentar blindar a economia.

- Não estamos carecendo de medidas de blindagem e eu não acho que reuniões blindem a economia. O que blinda é o equilíbrio da inflação, das contas fiscais e fundamentos sólidos - disse Palocci.

O ministro ressaltou que o governo tem uma tradição de realizar reuniões com vários setores da sociedade e que a reunião de hoje não é algo "mirabolante". Segundo o ministro, o encontro foi feito para que o governo realizasse um diálogo amplo sobre política econômica com os empresários.

Entre as questões que os empresários destacaram da reunião com o governo está a necessidade da adoção de medidas para evitar que a atual taxa de câmbio continue prejudicando os exportadores. Mas Palocci já jogou um balde de água fria. Segundo o ministro, o câmbio flutuante prestou importantes serviços ao país e esta é uma convicção da equipe econômica.

- O governo não atuará para tentar posicionar a moeda de uma forma ou de outra. Achamos que o câmbio flutuante cumpre o seu papel - afirmou.

O ministro disse que a questão das altas de juros não foi tratada durante o encontro, mas a afirmação contradiz o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, que disse que os empresários reclamaram com o governo não só do câmbio mas também dos juros altos. Skaf afirmou ainda que o presidente Lula assegurou aos empresários que a crise política está no Congresso, e não no governo.

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