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Stricto Sensu

De olho na pesquisa

A pós-graduação stricto sensu forma profissionais altamente capacitados. Os cursos são organizados em áreas de concentração, associados a várias linhas de pesquisa. O aluno estuda um tema específico em profundidade. De acordo com Maria Benigna, da UFPR, a maioria das pessoas que faz esses cursos pretende seguir carreira acadêmica. "Mas também há os profissionais que conseguem posições importantes em indústrias", diz.

Mestrado - Novas Descobertas

A duração média de um mestrado é 30 meses. Em geral, o processo seletivo envolve análise de currículo, prova de conhecimentos específicos, proficiência em uma língua estrangeira e entrevista. A maioria das instituições também pede um pré-projeto, que deve estar relacionado a uma das linhas de pesquisa oferecidas pelo curso. Para receber o diploma de mestre, o aluno deve apresentar uma dissertação, feita individualmente. "Deve ser feito um levantamento aprofundado da bibliografia sobre o tema escolhido, pois a pesquisa terá de ser inédita. O objetivo é descobrir algo novo", explica Waldemiro Gremski, da PUCPR.

Mestrado Profissional - A ênfase é em estudos técnicos

Voltado para profissionais empregados na mesma área de concentração do curso. A única diferença com o mestrado tradicional é a ênfase em estudos e técnicas de alto nível, em vez do aprofundamento em pesquisa. Também concede diploma de mestre. Foi regulamentado em 1998, mas há poucas opções no Brasil: 178, enquanto o número de mestrados acadêmicos é de 2.077. É voltado para pessoas que trabalhem na mesma área do curso. "Como existe o envolvimento profissional, as empresas devem dar aval para seus funcionários fazerem o curso", explica a coordenadora do mestrado profissional de química na Universidade Federal do Paraná (UFPR), Jaísa Fernandes Soares. Segundo ela, no mestrado profissional é possível discutir os problemas reais de trabalho. Outra vantagem é que os mestrados são avaliados pela Capes, o que garante a qualidade do curso.

Doutorado - Caminho direto ao bilíngües

Não é necessário fazer mestrado para entrar no doutorado, apesar desse caminho ser o mais comum. "Se durante a graduação o aluno participou de um programa de iniciação científica bastante completo, pode entrar diretamente no doutorado", explica Maria Benigna. A seleção é semelhante ao do mestrado, mas é necessário ter proficiência em duas línguas estrangeiras. A duração média é de 48 meses e ao final deve ser feita uma tese. Concede grau de doutor. Há possibilidade de o aluno desenvolver parte dos trabalhos no exterior, no chamado doutorado-sanduíche. "É uma ótima oportunidade para o aluno e também para a instituição, pois ocorre intercâmbio de conhecimentos e acesso a métodos que ainda não existem no Brasil", diz.

Pós-Doutorado - Consolidação de Pesquisas

Os projetos de pesquisa desenvolvidos após o doutorado são chamados de pós-doutorado. A participação na pesquisa pode durar de 3 a 24 meses, dependendo da instituição. Há bolsas de 4 a 12 meses para o exterior, com possibilidade de prorrogação. "Essa fase é da consolidação do pesquisador, que pode trabalhar com bastante independência e não depende do orientador", diz Maria Benigna.

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