
Quem planeja trabalhar no comércio deve estar atento a algumas regras básicas de conduta. O profissional, antes de tudo, deve estar consciente de que terá de lidar com todo tipo de público. E, do mais gentil ao mais grosseiro, o cliente tem (quase) sempre razão.
Uma boa maneira de realizar um bom trabalho, segundo a gerente de Recursos Humanos da Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings (Alshop), Solange Teixeira, é avaliar seu próprio perfil e tentar se encaixar numa empresa que combine com seu jeito de ser. E, regra geral, ter iniciativa sem ser chato.
De maneira geral, convém às mulheres não exagerarem na maquiagem, no perfume ou na altura do salto. Mas tudo é relativo. Se o público-alvo da marca é jovem, piercings, tatuagens, cabelos extravagantes e uma moda mais despojada podem ser liberados. Mas nem por isso pode-se deixar de lado a delicadeza na abordagem ao cliente. "A clareza nas informações é fundamental e a cortesia é sempre bem-vinda, até mesmo na informalidade. Atitudes como essas podem fazer a diferença em relação aos outros candidatos à vaga", diz lange.
Ter jogo de cintura frente aos imprevistos, lidar com superiores e clientes com desenvoltura e educação e respeitar horários são algumas das atitudes procuradas pelo mercado, independentemente do segmento onde se vai atuar.
Cida Luz, de 49 anos, vendedora da loja de roupas Gregory há 16 anos, no Shopping Mueller, diz que a dedicação para conhecer bem o produto que está sendo comercializado é essencial. "É preciso pesquisar sobre tudo o que você está vendendo. Ter bastante informação sobre o produto é importante para conseguir vendê-lo", afirma ela. Segunda ela, o comércio, especialmente em shoppings, pode ser uma boa alternativa para quem não tem um diploma universitário. "Para quem não é formado, é o melhor lugar pra trabalhar e ganhar dinheiro. Mas é preciso correr atrás do salário, porque o modelo de remuneração é de comissão. Nunca há nada fixo no fim do mês. Depende de você se dedicar e ser cuidadoso com os clientes", diz ela.
Comunicação
O quesito comunicação também é muito importante: deve-se evitar gírias e prestar atenção no tom de voz usado, aconselham as consultoras. "Algumas pessoas, quando ficam tensas ou ansiosas, falam depressa ou alto demais", aponta Solange.
Nos dias de hoje também é desaconselhável tratar os clientes como senhor ou senhora a não ser que seja uma pessoa muito idosa. O "você" usado com educação fica muito mais simpático e evita fazer uma pessoa jovem ou de meia idade se sentir mais velha, propõe o Grupo Friedman, consultoria especializada na área de varejo.
"É uma questão delicada e não se tem uma fórmula mágica. Afinal, o que vale é dançar conforme a música. O cliente vai dar sinais de como gostaria de ser tratado e de como seu atendimento deve ser", completa Fernando Lucena, presidente do Grupo Friedman no Brasil.
Lucena dá um exemplo. Se uma senhora de 50 ou mais entra em uma loja bem sinalizada como para mais jovens , das duas uma: ou ela quer um presente para alguém ou para si, com o claro objetivo de se sentir jovem. "Tratá-la com muita formalidade pode ser uma ducha fria. Seja apenas cortês e educado que sua venda está garantida."
Vale lembrar que manter o bom humor e demonstrar alto astral pode conquistar um cliente. E não esqueça: é importante cumprimentar todos que entram na loja. Essa é a maneira mais simples de estabelecer contato de forma amistosa, sem ser invasivo.
O presidente do Grupo Friedman faz uma alerta: um bom vendedor nunca pode ignorar o poder que seu cliente tem. "Ele quer uma solução e não um produto ou serviço. Ele quer interesse e ajuda, não um simples atendimento."
Por esses fatores, acima de qualquer vontade de venda, faça imperar a ética nas pequenas atitudes e ações, aconselha Lucena. "O cliente moderno precisa de entendimento e não de atendimento. Ele exige compreensão e adequação."
Temporários
O mês de janeiro costuma ser decisivo para quem trabalhou como temporário na correria de fim de ano. É a chance de se tornar efetivo.
"A experiência como temporário é uma chance para o trabalhador demonstrar todo o seu potencial e também para o empregador avaliar se ele está dentro do perfil procurado. Nem sempre os profissionais contratados como temporários, mesmo quando a avaliação de desempenho é positiva, são efetivados logo após o término do contrato. Mas a contratação definitiva poderá vir depois", acrescenta Jismália de Oliveira Alves, diretora de comunicação da Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem).
Interatividade
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