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Mercado financeiro

Eleições não afetarão economia, diz Lula

Na Itália, presidente diz que empresários podem investir no Brasil 'sem medo'

Diante de 350 empresários italianos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira que o Brasil não mudará de comportamento na economia por causa das eleições de 2006 e avisou que vai enfrentar quem tiver que enfrentar para garantir que o povo brasileiro tenha avanços sociais e conquiste a cidadania. Lula disse que não adotará medidas populistas para iludir a população.

Ao fazer um balanço do "sucesso da economia brasileira", o presidente disse que os empresários podem investir no Brasil sem medo porque não haverá surpresas. Lula disse que o sucesso de 2004 foi conquistado com "o sacrifício de 2003" e que o Brasil entrou num "processo de redução da taxa de juros".

- Essa é a vez e a hora do Brasil. E iremos fazer o que precisa ser feito, iremos enfrentar quem tivermos que enfrentar para que o povo brasileiro possa, definitivamente, conquistar sua cidadania. Não vamos, em hipótese alguma, permitir que haja qualquer mudança porque o ano que vem tem eleição e, por ter eleição, é preciso tomar alguma medida populista para poder mais uma vez, no curto prazo, enganar a sociedade brasileira. Não faremos isso - disse Lula, acrescentando:

- O Brasil não vai mudar de comportamento, ninguém será pego de surpresa, não haverá reinvenção. Construímos com sacrifício as condições para que o Brasil tenha solidez.

Lula disse que essa política coerente é que permite ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci, ou a qualquer outro ministro ter um "só discurso e uma só cara". O presidente disse que o Brasil conquistou um equilíbrio, com uma política econômica que permite um "crescimento razoável" e, ao mesmo tempo, com uma política social.

- Certamente, a gente poderia ter crescido um pouco mais, os juros poderiam ter caído mais rapidamente, mas isso já aconteceu antes. Conseguimos esse equilíbrio. O grande plano que queríamos ter era o plano da credibilidade - disse Lula.

O presidente citou vários indicadores da economia, como aumento das exportações, a geração de empregos e o crescimento da poupança interna, e prometeu para esse ano o acordo entre União Européia e Mercosul.

- Acreditamos que ainda esse ano possamos apresentar ao mundo um acordo entre UE e Mercosul - disse ele.

Lula foi aplaudido de pé ao final do discurso pelos empresários. O presidente da Cofindustria (que reúne os empresários italianos), Luca de Montezemolo, elogiou a política econômica. Nos discursos, o Brasil chegou a ser chamado de "símbolo da globalização".

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