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Sites de recrutamento utilizam mídias sociais para divulgar imagem

No caso das empresas de recrutamento online, como Catho, MonsterBrasil.com e Curriculum.com, as mídias sociais estão sendo utilizadas como uma ferramenta de divulgação própria e não especificamente para contratar pessoas. É uma forma de mostrar o trabalho que desenvolvem e apresentar as novidades, tanto da empresa como do mercado de trabalho.

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Apaixonado por tecnologia, Renato Tavares conseguiu várias oportunidades de trabalho através do twitter

Sempre ligado à tecnologia, Renato Tavares apostava na troca de informações entre internautas. Acabou criando uma rede de relacionamentos com amigos e profissionais ligados às áreas que gostaria de atuar. E foi justamente através do Twitter que ele acabou encontrando oportunidades de trabalho. Ele conta ao site do Globo sua experiência:

"Sempre gostei de tecnologia e apostava na troca de informações entre internautas, com isso, acabei criando um networking com amigos e profissionais que trabalham nas áreas que eu gostaria de atuar. Acompanhava ativamente o twitter, deixava meu blog e o meu Orkut sempre bem atualizados, e tentava, o máximo possível, participar de encontros, estudos e palestras. Consegui trabalho via twitter quando um amigo virtual (uma pessoa que acessava meu blog) comentou sobre uma vaga que estava em aberto no setor de web 2.0 de um grande site brasileiro (IG). Eles queriam alguém para utilizar as redes sociais para fazer uma melhoria em um site para noivas e, na sequência, fui convidado para trabalhar em um projeto sobre cultura street.

Depois, fui o moderador do blog da microssérie "Capitu" e ajudei no desenvolvimento do site Mil Casmurros (que ajudou a divulgar a série via web). Mais uma vez, foi através do twitter que li que uma agência de publicidade estava contratando profissionais que tinham interesse e conhecimento em redes sociais. Mandei meu currículo via e-mail, fizemos um mini-chat via MSN para agendar dia e horário de uma reunião e no dia seguinte já estava contratado.

Já o meu trabalho no Grupo Foco começou via blog. Eu tinha escrito sobre a Geração Y, sobre a minha participação no Campus Party e havia integrado o twitter ao meu blog na barra lateral. Durante uma pesquisa realizada pelo Grupo Foco na web descobriram o meu depoimento no blog, mandaram um e-mail e pediram um fone de contato. Eu respondi imediatamente (porque estava online na hora) e, em menos de quatro horas, já estava no escritório da Faria Lima (em São Paulo) oferecendo minhas opiniões e integrando com o restante da equipe. Hoje sou responsável pela participação do Grupo Foco na web e na interatividade entre a empresa e internautas".

Publicitário conquista vaga e passa a administrar campanhas no Twitter

Trabalhando com internet há um ano e meio, o publicitário Rafael Venturelli vive conectado a maior parte de seu tempo à rede desde os 13 anos. Virou fã do Twitter e está na área de redes sociais na agência Espalhe e uma das minhas responsabilidades é administrar campanhas no Twitter. Adivinha como conseguiu o emprego? Através de um tweet , é claro. Aqui está seu depoimento:

"Meu nome é Rafael Venturelli, nasci e moro em São Paulo e sou publicitário formado pela FAAP em 2007. Trabalho com internet há um ano e meio, mas, desde os meus 13 anos, passo a maior parte do meu tempo conectado. Conheci o twitter em março de 2007, demorei um pouco para me acostumar com a idéia, mas depois acabei gostando. Só três meses depois que comecei minhas atividades nessa rede.

Meu interesse no Twitter é estar sempre conectado com as últimas novidades sobre internet, publicidade e música. Sigo pessoas que admiro e que acho que tem algo a dizer, compartilho o que acho relevante para mim e para quem me segue. Além disso, já conheci pessoas e troquei opiniões com quem geralmente não faria em outras redes ou na vida real. Por exemplo, conversar com o presidente de uma agência que ganhou um grande prêmio sobre os resultados da campanha não se faz em qualquer lugar. E eu já fiz isso no twitter.

Hoje tenho uma visão mais ampla da rede e sei das múltiplas maneiras de usá-la, trabalho na área de redes sociais na agência Espalhe e uma das minhas responsabilidades é administrar campanhas no Twitter. O curioso dessa história é que eu consegui esse posto através de um anúncio feito pelo Wagner Tamanaha (@wtamanaha). Ele estava procurando alguém e "twittou" a vaga, entrei em contato e consegui o emprego.

Achei a experiência muito natural e uma estratégia interessante, pois se você está procurando alguém que goste e entenda de redes sociais, nada mais natural que procurar em uma. No meio publicitário esses anúncios já são comuns, o perfil @trampos é um dos mais seguidos e é sempre procurado para ajudar os empregadores.

Neste ano, eu consegui uma coisa que achava impossível: implantei a "cultura 140 caracteres" na minha família. Meu pai (Roberto Venturelli Andrade, 48 anos) virou fã da ferramenta e sempre me pergunta sobre as últimas novidades. O próximo passo é ele ter um perfil, se depender de mim desse mês não passa. Meu cunhado, Sergio Barrichello, médico, (30 anos) também entrou no jogo e criou um perfil para sua empresa (@Gastroendoscopy), onde fala sobre endoscopia digestiva. Isso mostra as várias possibilidades da rede, o quanto ela ainda pode crescer e que há espaço para todos os assuntos e todas as gerações.

Se quiserem saber mais sobre mim, é só seguir @rventurelli"

Com a mudança de comportamento de empresas e pessoas devido aos avanços da tecnologia, os sites de relacionamento social são a mais nova arma para quem quer entrar no mercado de trabalho. Muitas oportunidades de emprego estão sendo encontradas através do Orkut, Twitter, Linkedin, Facebook e My Space.

A nova onda vem ganhando cada vez mais adeptos em vários países, em especial nos Estados Unidos, onde, o Twitter acabou de lançar uma ferramenta chamada Twitter Jobs, somente destinada à publicação de vagas de emprego.

E, no Brasil, a moda também já está pegando: empresas começam a utilizar essas mídias para se apresentar ao público ou oferecer vagas de trabalho, enquanto os internautas ficam atentos a novas oportunidades e buscam participar de grupos de estudo, debates ou adicionar pessoas que estejam ligados a áreas profissionais de seu interesse. Muitos, assim que perdem o emprego, enviam mensagens ou tweetam mostrando estar 'fora do mercado de trabalho, o que pode abrir caminho para uma nova oportunidade.

Este é o caso de Renato Andrade, que conseguiu um trabalho via twitter quando um amigo virtual comentou sobre uma vaga que estava em aberto no setor de web 2.0 de um grande site brasileiro. Segundo Renato, eles queriam alguém para utilizar as redes sociais para fazer uma melhoria em um site para noivas. Na sequência, ele foi convidado para trabalhar em um projeto sobre cultura street no mesmo site.

- Sempre gostei de tecnologia e apostava na troca de informações entre internautas, com isso, acabei criando um networking com amigos e profissionais que trabalham nas áreas que eu gostaria de atuar. Acompanhava ativamente o twitter, deixava meu blog e o meu Orkut sempre bem atualizados, e tentava no máximo possível, participar de encontros, estudos e palestras - afirmou Renato.

Mais uma vez, através do twitter, Renato conseguiu mais uma oportunidade de trabalho, onde está até hoje.

- Foi quando li que uma agência de publicidade estava contratando profissionais que tinham interesse e conhecimento em redes sociais. Mandei meu currículo via e-mail, fizemos um mini-chat via MSN para agendar dia e horário de uma reunião e no dia seguinte já estava contratado.

O publicitário Rafael Venturelli também conseguiu seu atual emprego através do Twitter. Desde os 13 anos de idade, ele passa a maior parte de seu tempo conectado e trabalha com internet há um ano e meio. Hoje, atua na área de redes sociais de uma agência de marketing e uma de suas responsabilidades é administrar campanhas no Twitter. Rafael conseguiu o posto ao responder um tweet sobre a vaga.

O uso dos sites de relacionamento é cada vez mais importante no processo de recrutamento e conhecimento de um candidato, afirma Eline Kullock, presidente do Grupo Foco, já que, cada vez mais, as pessoas estarão presentes nas redes e é uma excelente forma de entrar em contato com esses candidatos. Sendo assim, acrescenta, as empresas devem criar seus processos de comunicação e atração de candidatos pelas redes sociais, mostrando os benefícios de se trabalhar naquela organização específica.

- No processo de recrutamento, já utilizamos as redes sociais específicas de cada geração e de cada área. Cada comunidade requer uma comunicação específica. Cada geração tem interesses específicos que devem ser compreendidos na hora dessa comunicação. Não basta transferir o anúncio de jornal ou revista especializada para a mídia social. Trata-se de uma nova forma de comunicação e deve-se encontrar a forma adequada de se integrar a comunidade onde os candidatos estão presentes e de entender o que eles acham de trabalhar na empresa, seus diferenciais competitivos.

Segundo Eline, as áreas de Recursos Humanos têm um dever de casa a ser feito, monitorando essas comunidades e interagindo com elas. É a comunicação integrada ao RH, diz, analisando se o recrutamento por aquela comunidade vai surtir efeito e se a visão dos candidatos sobre a empresa é boa.

- A Foco foi a primeira empresa de consultoria a utilizar esse processo com sucesso. Vimos imediatamente o retorno que temos e a rapidez com que estes grupos se falam. Num momento onde o senso de urgência ganhou outro significado (velocidade da luz!), recrutar também pelas mídias sociais significa ir direto ao alvo e atuar com rapidez. Ao mesmo tempo, é um excelente espaço para a consultoria identificar para o seu cliente qual a visão que os candidatos têm sobre ele.

A empresa já recruta por mídias sociais há algum tempo. O Linkedin e o Orkut foram os primeiros a serem utilizados e, como o resultado apresentou-se cada vez melhor, passou a ter uma equipe de mídias sociais encarregada de inserir o Grupo Foco nestas comunidades, estabelecendo uma relação com elas.

- Pretendemos aumentar nossa presença nessas comunidades, que são bem distintas.

Dados do candidato à disposição

Em relação ao processo de entrevistas, a presidente do Grupo Foco diz que as empresas devem olhar os dados que seus candidatos colocam nas diversas mídias sociais.

- Os dados estão lá, disponíveis. Então, porque não usá-los? Já temos conhecimento de empresas que entrevistam um candidato com seus dados do Orkut, Linkedin, Facebook, Slideshare, Youtube, Twitter ou Flickr nas mãos. A forma como este candidato se coloca é muito reveladora - afirma.

Mas é preciso também ter cautela no uso de redes de relacionamento social. Cada vez mais empresas estão checando sites de redes sociais na internet e demitindo funcionários em caso de exposição que consideram indevida.

Sócio-diretor da agência de marketing de guerrilha Espalhe, primeira agência do Brasil a ter um blog como site corporativo, Gustavo Fortes é um ferrenho defensor das mídias sociais como ferramenta de recrutamento. A empresa vende a presença em mídias sociais para seus clientes e acredita profundamente nisso para aproximar as marcas de consumidores/clientes e entusiastas. Seguindo este raciocínio, Gustavo diz acreditar que pessoas que possuem presenças online bem administradas, com conteúdo relevante e interessante, se aproximam mais .

- Quando elas chegam para um entrevista é como se já nos conhecêssemos há muito tempo. Na verdade, nós já conhecemos a "marca" dessas pessoas e elas conhecem a nossa.

Gustavo confessa que fica horas navegando no Linkedin procurando pessoas e perfis interessantes para sua empresa que não esteja em sua rede de relacionamento.

- Estou sempre atento a blogs bem posicionados e com bom texto (mesmo que não sejam blogs de comunicação e marketing) para saber quem está por trás deles e se essas pessoas poderiam estar fazendo algo por meus clientes. Acredito que desta forma, eu consigo fugir da frieza dos currículos tradicionais.

Para Gustavo, ter presença online ajuda em dois aspectos. Primeiro, amplia drasticamente sua rede de relacionamento, não só em redes sociais específicas, como o linked in, mas também no Twitter, Orkut, entre outros.

- Pessoas que você nunca viu passam a te conhecer e isso, afirma, permite que você mostre que consegue fazer coisas sem depender de chefes, estruturas ou orçamentos .

- Foi você que fez! Quer ver um exemplo: um blog sobre algum assunto que vire referência. Não precisa ser assunto profissional, mas mostra que você está apto a posicioná-lo, alimentá-lo e divulgá-lo.

Postura mais colaborativa

Eline Kullock, do Grupo Foco, resssalta que, nas mídias sociais, as pessoas assumem uma postura mais colaborativa e repassam para outros grupos as vagas em questão. Ao mesmo tempo, as comunidades são mais questionadoras e querem mais informações sobre as posições anunciadas.

- É fundamental estabelecer um diálogo sadio com eles e mostrar a credibilidade das vagas postadas.

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