
A secretária executiva e professora Valéria Oliveira ingressou no ensino técnico em 2004 com uma estratégia bastante definida: cursou o segundo grau técnico em secretariado, pulou para o ensino profissionalizante de um ano e meio, e em seguida começou o bacharelado em secretariado executivo trilíngue, formação superior que dura três anos. Durante os estudos, conseguiu se manter no meio educacional com bolsas e estágios em instituições. Agora, poucos meses após a formatura, está dando os primeiros passos como professora.
Sua experiência teórica e prática, adquirida nas áreas de secretariado, gestão de RH e marketing, está sendo passada a alunos da rede pública de ensino, no colégio Rodolpho Zaninelli, na Cidade Industrial de Curitiba. "Estou feliz em estar trabalhando em uma escola estadual, ajudando a levar a estudantes do bairro onde moro a oportunidade de se tornarem futuros gestores, futuros secretários. Todas as minhas professoras me incentivaram muito, e agora tento passar isso para meus alunos", diz.
Entre seus desafios, agora que passou de aluna para professora, está a valorização da profissão de secretário. "Muita gente ainda vê na secretária apenas uma agenda e não enxerga o papel de gestora, a responsabilidade de representar um chefe em uma convenção, em eventos e em contatos com empresários. A segunda e a terceira língua contribuem muito para trabalhar em multinacionais, por exemplo", conta. Mesmo contente com o que faz hoje, ela diz que não quer parar já está de olho em uma pós-graduação em Comunicação.
Valéria diz que está satisfeita principalmente com o leque de possibilidades que enxerga pela frente, inclusive na prestação de serviços. Ela destaca que vários concursos públicos estão encaixando os cargos de secretariado executivo no mesmo nível salarial de contadores e economistas, por exemplo. Sinal de reconhecimento do mercado. (AL)



