Na semana passada assisti à uma matéria, transmitida por uma emissora de televisão local, sobre a dificuldade das empresas em conseguir pessoas para trabalhar em cargos operacionais, os chamados "chão de fábrica".
A matéria mostrava entrevistas com diversos empresários que haviam aberto postos de trabalho promissores, não exigiam experiência prévia e ofereciam benefícios e, mesmo assim, não conseguiram atrair candidatos interessados. A matéria finalizava com um questionamento no ar: qual a razão para esse comportamento da população?
Bem, a resposta exata eu certamente não possuo, mas tenho uma breve idéia do motivo que levou estes trabalhadores a descartarem as vagas ofertadas: desmotivação. Após décadas de trabalho árduo e falta de reconhecimento e de possibilidade de modificar sua própria vida, o trabalhador brasileiro percebeu que dificilmente conseguirá quebrar a dura realidade que lhe foi imposta e que um emprego, por si só, não lhe garantirá conforto ou segurança financeira. Além disso, os recentes programas do governo, que beneficiam uma grande parcela da população carente, impulsionaram os trabalhadores a acomodar-se em suas casas e só deixá-las por cargos que paguem salários mais altos. Por receberem auxílio do Estado, muitas pessoas descartam oportunidades reais de serem inseridas no mercado de trabalho e chegam a declinar vagas devido à distância de suas casas ou em razão do horário de chegada nas empresas. Sei, pelas empresas de RH da região, que muitas vagas não são preenchidas por capricho dos candidatos e que muitas pessoas, mesmo desempregadas há mais de seis meses, preferem dizer não à uma oportunidade à adequar-se às normas e condições oferecidas pelas empresas.
Em parte posso compreender que muitos postos de trabalho não sejam, de fato, atraentes para os trabalhadores, pois oferecem somente o salário mínimo (que sabemos é pequeno mesmo!). Mas podem significar uma porta de entrada para o mercado e o início de uma trajetória promissora. Empresas que não exigem experiência prévia dos candidatos são trampolins para outras organizações e para cargos melhores. Tudo depende do desempenho do trabalhador e da sua força de vontade.
Senso comum é saber que, sentado em frente à televisão o dia inteiro, um trabalhador jamais conseguirá aprimorar seus conhecimentos técnicos, ou incrementar seu currículo, quanto mais esperar uma vaga que ofereça um salário espetacular. Sejamos razoáveis: a maioria de nós precisa começar de baixo e galgar cada degrau da carreira com esforço e dedicação, independentemente da posição em que se encontra na hierarquia de uma empresa.
E, para comprovar o que digo, tenho diversos exemplos de profissionais que iniciaram em cargos operacionais e que chegaram aos postos mais altos das organizações onde atuavam. Mas estas são pessoas diferentes da maioria, pois nunca se acomodaram ou esperaram que algo lhes caísse do céu. Estes profissionais escreveram seus próprios destinos e provaram que é possível modificar a própria realidade se houver, de fato, disposição, empenho e coragem para controlar seu próprio destino.
Assim, faço uma ressalva para todos aqueles trabalhadores que não se dispõem a aceitar um trabalho digno, em razão de capricho, ou pequenas dificuldades: transforme sua desmotivação em força de vontade e modifique sua realidade definitivamente!
No ritmo certo
A TIM, empresa de telefonia do Grupo Telecom Itália, desenvolve há cinco anos o projeto Música nas Escolas, destinado a crianças e adolescentes, alunos da rede pública de ensino de 11 estados brasileiros. O projeto consiste em oferecer a esses estudantes oficinas de musicalização, na qual se aprende conceitos básicos de música. A partir dessa ação três grupos musicais são formados: Pequenos Embaixadores da Paz, Bateria-mirim e Núcleos de Agitação Cultural.
O grupo dos Pequenos Embaixadores da Paz e da Bateria-mirim recebem, semanalmente, aula de música e de formação cidadã para que possam estar aptos a se apresentarem para escolas, asilos e creches. Já os integrantes dos Núcleos de Agitação Cultural participam da realização de atividades festivas, recreios musicais e elaboração de programas de rádio para as escolas e para a própria comunidade.
A iniciativa já beneficiou mais de 20.500 alunos, que recebem, da TIM, os instrumentos para as aulas, cestas alimentícias para suas famílias, alimentação e transporte.
Serviço
Esta coluna é publicada todos os domingos. As histórias contadas são baseadas em fatos reais. O autor, no entanto, reserva-se o direito de acrescentar a elas elementos ficcionais com o intuito de enriquecê-las.
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