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A Petrobras anunciou nesta sexta-feira o aumento dos preços do gás natural vendido para as distribuidoras em até 24,3%, divididos em duas vezes. O reajuste para o gás boliviano (que atende principalmente as distribuidoras da Região Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul) será de 13%, a partir de 1º de setembro, e mais 10%, em 1º de novembro (aumento acumulado de 24,3%). Já o gás produzido no país (que atende a maior parte do estado do Rio e o Nordeste) será reajustado em 6,5%, em 1º de setembro, e 5%, em 1º de novembro (alta acumulada de 11,8%). O impacto para o consumidor, no entanto, dependerá da política de cada estado que é o detentor da concessão da distribuição.

No estado do Rio, o secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, afirmou que o repasse será imediato e passará a vigorar em setembro. Entretanto, sem precisar os valores, Victer disse que o reajuste para os consumidores será bem menor que o para as distribbuidoras, porque estas terão de manter inalteradas suas margens nos preços finais. O gás natural é utilizado nas residências que recebem o gás canalizado, nas indústrias e nos veículos que utilizam o GNV (gás natural veicular).

Mais um aumento pode ser esperado ainda para o gás boliviano a partir de 1º de janeiro, quando a Petrobras informou que vai retirar totalmente o "desconto" que ainda pratica. O valor do reajuste previsto, no entanto, não foi divulgado, mas a assessoria de comunicação da empresa informou que o resíduo do "desconto" após os dois reajustes será de cerca de 1%.

A companhia justificou que o preço do gás boliviano, comprado da estatal daquele país (YPFB), é atrelado ao valor de uma cesta de petróleos (média de preços de vários tipos de óleo) e que a Petrobras vinha absorvendo sucessivos aumentos desde janeiro de 2003, quando reduziu os valores e não realizou mais reajustes. Para o aumento do gás nacional, a estatal brasileira explicou que também não reajusta os preços desde janeiro de 2003 e que neste período houve elevação dos custos de exploração e produção da companhia.

O aumento de impostos na Bolívia, que elevou os tributos de 18% para 50% do gás boliviano não foi citado pela nota da companhia brasileira como motivos do reajuste. Há algumas semanas, a Petrobras comunicou às distribuidoras que aumentaria os preços em 27%, mas depois recuou e informou que reavaliaria o reajuste.

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